O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, está no centro de uma investigação da Polícia Federal, suspeito de ter recebido um cartão amarelo de forma intencional durante o jogo contra o Santos no Campeonato Brasileiro de 2023. Essa ação teria como objetivo beneficiar apostadores próximos a ele.

Bruno Henrique nega qualquer envolvimento e afirma ser inocente. O Flamengo, por sua vez, reiterou a confiança no jogador, frizando sua "presunção de inocência". A situação gera repercussões e suscita questões importantes sobre a integridade do esporte brasileiro.

O jogador pode continuar atuando?

Sim. Bruno Henrique não foi acusado formalmente ou indiciado até o momento. Na Justiça Comum, ele está sob investigação, mas na Justiça Desportiva essa apuração nem começou, já que o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) decidiu arquivar o caso. Por isso, ele foi relacionado para a partida contra o Cruzeiro.

Prazo para conclusão da investigação?

Não há um prazo definido. A Polícia Federal apreendeu diversos dispositivos, incluindo celulares e computadores, que agora passarão por perícia. A conclusão dessa fase da investigação pode levar tempo indeterminado, e os envolvidos ainda precisam ser ouvidos.

E o Flamengo pode ser punido?

Não. As legislações atuais, incluindo a Lei Geral do Esporte, preveem penalizações apenas para atletas em casos de manipulação, não para clubes.

Quais as possíveis punições para Bruno Henrique caso seja condenado?

As sanções podem variar conforme a natureza da denúncia e o julgamento. Existem previsões de prisão de dois a seis anos e multa em casos de manipulação nos resultados de competições esportivas, além de multas que podem chegar a R$ 100 mil e suspensão de 720 dias conforme o Códigos de Ética da FIFA e o Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

Quem são os apostadores envolvidos?

A Polícia Federal identificou dois núcleos de apostadores, um composto por familiares diretos de Bruno Henrique e outro por pessoas ligadas ao futebol, possivelmente ex-jogadores de times amadores. Ambos os grupos residem em Belo Horizonte ou suas proximidades.

Qual o tipo de apostas feitas?

Todas as apostas estavam relacionadas à possibilidade de Bruno Henrique receber um cartão amarelo. As investigações revelaram 13 apostas diferentes, realizadas em três casas de apostas distintas, com uma concentração significativa em apostas de familiares. A Betano, uma das casas de apostas, reconheceu a movimentação suspeita e removeu as opções relacionadas a Bruno Henrique de seu site.

Como foram identificados os apostadores?

A investigação teve início quando a CBF recebeu um alerta da IBIA (International Betting Integrity Association), destacando a movimentação de apostas incomuns. A partir daí, a CBF notificou a Polícia Federal, que assumiu a investigação, cruzando informações das casas de apostas para identificar possíveis culpados.

O que é a IBIA?

A IBIA é uma entidade com sede em Londres, reunindo empresas de apostas que operam globalmente. A associação monitora padrões de apostas e investigações relativas à integridade das apostas, sendo financiada pelas próprias casas de apostas.

Futuro do caso e implicações

O arquivamento do caso pelo STJD pode ser reavaliado, especialmente após novas provas surgirem. Além disso, existe uma conexão intrigante entre a investigação de Bruno Henrique e casos semelhantes, como o de Lucas Paquetá, que também enfrenta acusações de manipulação. A gravidade da situação e o possível impacto nas carreiras dos jogadores envolvidos abrem um leque de questões sobre a ética no esporte.

O que virá a seguir no caso de Bruno Henrique? Fique atento para não perder os desdobramentos dessa história que pode chocar o mundo do futebol!