Em um dia marcado por tragédias, os bombardeios israelenses, que tiveram início nas primeiras horas da manhã e aumentaram sua intensidade ao longo do dia, miraram alvos do grupo extremista Hezbollah. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que centenas de militantes foram mortos e depósitos de armas destruídos. Porém, o que choca é o custo humano: o ataque deixou 35 crianças e 42 mulheres entre os mortos, gerando um cenário aterrador que resultou em uma fuga em massa do Líbano.

O Itamaraty do Brasil não ficou em silêncio e emitiu uma nota oficial condenando atuações tão agressivas: “O Brasil condena, nos mais fortes termos, os contínuos ataques aéreos israelenses contra áreas civis em Beirute, no Sul do Líbano e no vale do Beqaa, que, somente hoje, causaram ao menos 492 mortes e deixaram mais de 1600 feridos.” Uma afirmação que reforça o repúdio do governo brasileiro diante da crescente escalada de violência na região.

O governo brasileiro não apenas demarcou sua posição, mas também fez um apelo urgente: “Renovamos o apelo às partes envolvidas para que cessem, imediatamente, os ataques, de forma a interromper a preocupante escalada de tensões, que ameaça conduzir a região a um conflito de amplas proporções, com severo impacto negativo sobre populações civis.”

Em um gesto de solidariedade, a diplomacia brasileira está avaliando a possibilidade de repatriar cidadãos brasileiros que residem no Líbano, diante da deterioração do cenário de segurança. Com a situação se agravando a cada dia, famílias brasileiras que ainda estão no país podem estar enfrentando um verdadeiro dilema entre permanecer em uma zona de conflito ou retornar para o Brasil.

À medida que a comunidade internacional observa, a pergunta que fica é: até quando situações como essa serão toleradas? O Brasil, uma nação que preza pela paz, se vê em uma posição de liderança ao exigir responsabilização e diálogo entre as partes.