Saúde

Brasil Conquista de Novo o Título de País Livre do Sarampo Após Cinco Anos: Entenda os Detalhes!

2024-11-12

Autor: Fernanda

Em uma notícia que traz esperança à saúde pública, o Brasil voltou a ser considerado um país livre do sarampo. Nesta terça-feira (12), a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) entregou ao Ministério da Saúde a recertificação de eliminação do sarampo, rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC).

O Brasil havia recebido esse status em 2016, mas perdeu a certificação em 2019 após uma série de surtos da doença. Entre fevereiro de 2018 e fevereiro de 2019, foram registrados alarmantes 10.374 casos de sarampo, com um pico devastador de 3.950 casos em julho de 2018.

A boa notícia é que, em junho, o país completou dois anos sem casos autóctones do sarampo, ou seja, não houve transmissão interna desde o último caso confirmado em 5 de junho de 2022, no Amapá. Todos os novos registros desde então foram de indivíduos que contraíram a doença no exterior.

Para obter a recertificação, o Brasil precisou demonstrar que não houve circulação do vírus do sarampo por pelo menos um ano. Além disso, houve um fortalecimento no programa de vacinação, vigilância epidemiológica e resposta a casos importados. Segundo Renato Kfouri, infectologista e presidente da Câmara Técnica do Brasil de Verificação da Eliminação do Sarampo, a intensificação da vigilância e o aumento na cobertura vacinal foram fundamentais para essa conquista.

O sarampo é uma doença altamente contagiosa e potencialmente fatal. Estima-se que cada pessoa infectada possa transmitir o vírus para outras 12 a 18 pessoas. A principal forma de transmissão ocorre através das secreções expelidas ao tossir, respirar ou falar. Os sintomas incluem manchas vermelhas no corpo, febre alta, tosse seca, conjuntivite e mal-estar intenso. As complicações podem ser graves, envolvendo pneumonia, infecções de ouvido e encefalite, podendo até levar à morte.

Apesar da conquista, a vigilância deve continuar. O Brasil precisa garantir que a população permaneça imunizada, já que o vírus ainda circula em outras partes do mundo. Kfouri alerta que se alguém infectado com sarampo de outro país entrar em contato com uma pessoa suscetível no Brasil, o vírus poderia reemergir. Portanto, a vacinação continua sendo a principal ferramenta de defesa.

A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba, está disponível na rede pública para pessoas entre 12 meses e 59 anos. As crianças devem receber a primeira dose aos 12 meses e a segunda aos 15 meses de idade. Adultos que não completaram o esquema vacinal na infância devem receber a vacina: duas doses, com um intervalo de um mês, para quem tem até 29 anos e uma dose única para aqueles entre 30 e 59 anos.

Infelizmente, a cobertura vacinal da primeira dose caiu de mais de 95% em 2016 para apenas 74% em 2021. Contudo, relatos de 2024 indicam um aumento significativo, com a cobertura já ultrapassando 80% para a segunda dose. É essencial que a população se mantenha informada e participe das campanhas de vacinação, garantindo assim a segurança de todos. Não podemos deixar essa conquista escorregar entre nossos dedos! Para o futuro do Brasil, vacinar é proteger!