Mundo

Belarus: Lukashenko Alerta que Ataque da OTAN Poderia Dar Início à Terceira Guerra Mundial

2024-09-27

O presidente autoritário da Bielorrússia, Alexandr Lukashenko, fez uma grave advertência nesta sexta-feira (27), após a divulgação da nova doutrina nuclear da Rússia. Ele afirmou que o país utilizaria armas nucleares em caso de um ataque da OTAN ao território bielorrusso.

Durante um fórum com estudantes, Lukashenko declarou: "Se a OTAN, os americanos ou os poloneses nos atacarem, nós usaremos armas nucleares. E a Rússia virá em nosso auxílio". Essa afirmação ecoa a crescente tensão entre a Bielorrússia e as nações ocidentais, em um cenário de instabilidade global.

No poder desde 1994, Lukashenko enfatizou que qualquer agressão contra a Bielorrússia desencadearia um conflito global. "A linha vermelha é a nossa fronteira. Se essa fronteira for ultrapassada, a resposta será imediata. Estamos nos preparando para isso", afirmou, ressaltando a seriedade da situação.

Além disso, o líder bielorrusso, parceiro próximo de Vladimir Putin, reconheceu que a utilização de armas nucleares pela Rússia poderia provocaria uma retaliação da OTAN, que poderia incluir ataques a alvos russos. "A Rússia usará todo o seu arsenal. Isso já implicaria em uma guerra mundial, e o Ocidente não está preparado para isso", alertou Lukashenko.

Vale ressaltar que a Bielorrússia, um dos principais aliados de Putin na invasão da Ucrânia, foi incluída na nova doutrina nuclear russa, que agora reconhece o país como membro da União Estatal. A doutrina estipula que a Rússia se reserva o direito de usar armas nucleares em resposta a qualquer agressão, mesmo com armamento convencional, que seja considerada uma ameaça à sua soberania.

Essa nova abordagem foi previamente acordada entre Putin e Lukashenko, que já recebeu apoio significativo do Kremlin durante os massivos protestos em seu país após as eleições de 2020.

As relações entre a Bielorrússia e a OTAN estão se deteriorando rapidamente, e a afirmação de Lukashenko levantou preocupações sobre uma possível escalada militar na região. O alerta do ditador ressalta um cenário cada vez mais ameaçador, onde a paz na Europa pode estar em risco, e provoca a questão: estamos próximos de um conflito global? No entanto, a dúvida permanece: até onde a OTAN e seus aliados estão dispostos a ir para evitar um confronto nuclear?