Após 23 dias internada, jovem baleada pela PRF apresenta melhora significativa e continua sem sedação
2025-01-16
Autor: Mariana
Após passar impressionantes 23 dias internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a agente de saúde Juliana Leite Rangel, de 26 anos, que foi baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF), está apresentando um estado de saúde estável e mostrando sinais de recuperação. O boletim médico divulgado nesta quinta-feira destaca que a jovem respondeu bem ao tratamento para controle de uma infecção e, felizmente, não necessita mais de sedação, mostrando interações com o ambiente ao seu redor.
Ainda segundo a equipe médica, Juliana mantém estabilidade hemodinâmica e está respirando através de uma traqueostomia. Ela já iniciou o processo de desmame da ventilação mecânica, que havia sido necessária após nova piora em sua condição no último dia 7, e agora consegue ficar sem o suporte ventilatório por períodos gradativos. Para auxiliar na sua recuperação, a agente de saúde está realizando sessões de fisioterapia motora e respiratória.
Do ponto de vista neurológico, felizmente, Juliana não apresentou novos sintomas e não há necessidade de uma nova intervenção neurocirúrgica. Ela continua internada na terapia intensiva, sob a supervisão de uma equipe multidisciplinar que inclui especialistas em neurocirurgia e psicologia. Contudo, ainda não há previsão de alta para o CTI.
O incidente ocorreu na noite de 24 de dezembro, quando Juliana se dirigia a Niterói, na Região Metropolitana do Rio, para um jantar em família. O carro da família foi alvo de disparos feitos por agentes da PRF na Rodovia Washington Luiz (BR-040), onde cerca de 30 tiros atingiram o veículo.
Após o tiroteio, os policiais rodoviários envolvidos prestaram depoimento à Polícia Federal em Nova Iguaçu, na manhã seguinte ao ocorrido. A PRF, em nota, anunciou que a Corregedoria-Geral abriu um procedimento interno para investigar os acontecimentos. Os agentes envolvidos foram afastados de suas atividades operacionais enquanto as investigações estão em andamento.
Em uma declaração, a PRF expressou seu profundo pesar pelo episódio e informou que a Coordenação-Geral de Direitos Humanos está prestando assistência à família de Juliana. Além disso, a PRF está colaborando com a Polícia Federal na coleta de informações para que a verdade dos fatos seja esclarecida o mais rápido possível.
Este caso levanta questões cruciais sobre a segurança durante abordagens policiais e a proteção dos cidadãos. A situação de Juliana é um exemplo de como intervenções descontroladas podem levar a consequências devastadoras. Estamos na torcida pela sua completa recuperação!