Advogado vira réu por feminicídio após morte de mulher inicialmente classificada como suicídio
2024-11-16
Autor: João
Um caso chocante em Belo Horizonte agora está chamando a atenção de todos: O advogado Raul Rodrigues Costa Lages se tornou réu pelo homicídio qualificado da advogada Carolina da Cunha Pereira França Magalhães, ocorrido em junho de 2022. Com apenas 40 anos, Carolina caiu do oitavo andar do prédio onde morava no Bairro São Bento. O principal suspeito, que era seu namorado, foi formalmente acusado em 25 de setembro deste ano.
Inicialmente, a morte de Carolina foi considerada um suicídio, mas uma investigação da Polícia Civil de Minas Gerais revelou evidências que apontam para um feminicídio. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) protocolou a denúncia alegando que Raul, em um ato deliberado, agrediu a vítima durante uma discussão. O relacionamento dos dois era descrito como "conturbado", e Raul já havia sido acusado anteriormente de violência física e verbal contra Carolina.
De acordo com a denúncia, na noite fatídica, Raul teria agredido Carolina de tal forma que a deixou desacordada, impossibilitando qualquer forma de defesa. Após a agressão, ele supostamente limpou a casa e tentou esconder as evidências, colocando roupas de cama na máquina de lavar. Ele também cortou a tela de proteção da varanda antes de lançar Carolina do oitavo andar, levando-a à morte. Um vizinho ouviu o impacto e encontrou o corpo da advogada na área de lazer do condomínio.
No contexto preocupante do feminicídio em Minas Gerais, o estado ocupa o segundo lugar em mortes de mulheres em 2023, e estatísticas indicam que 94% dos réus por feminicídio são condenados.
Para o promotor Fabiano Mendes Cardoso, este crime foi motivado por instintos de posse e ciúmes, refletindo um cenário de violência doméstica e familiar, onde a vítima era constantemente submetida a abusos físicos e psicológicos.
A defesa de Raul ainda não se manifestou publicamente sobre as acusações até o fechamento desta matéria, mas o caso levanta questões urgentes sobre a violência contra a mulher e a necessidade de uma resposta mais firme do sistema judicial diante da crescente onda de feminicídios. Fique atento: esta história está longe de acabar e pode trazer à tona novos desdobramentos.