Nação

A Prisão de Norberto Mânica: Justiça Após a Chacina de Unaí

2025-01-15

Autor: Fernanda

Na quarta-feira (15/01), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu Norberto Mânica em Nova Petrópolis, um dos principais responsáveis pela brutal ‘Chacina de Unaí’. Este crime hediondo ocorreu em 2004 e resultou na morte de quatro servidores do Ministério do Trabalho.

Norberto Mânica, que já havia sido condenado a impressionantes 64 anos de prisão por homicídio qualificado e formação de quadrilha, estava foragido. Recentemente, a Justiça de Minas Gerais determinou a prisão dos mandantes dos crimes, incluindo os irmãos Antério e Norberto, que estavam em liberdade, desafiando a lei.

De acordo com o delegado Fábio Idalgo Peres, investigações apontaram que Mânica estava escondido na zona rural de Nova Petrópolis, em uma região próxima à famosa cidade de Gramado. Ele foi encontrado sem resistência, mas tentou esconder sua identidade usando documentos falsos. Após um breve interrogatório, ele admitiu ser o alvo de um mandado de prisão.

A chocante Chacina de Unaí aconteceu na manhã de 28 de janeiro de 2004, quando os fiscais Eratósthenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares, Nelson José da Silva e o motorista Aílton Pereira de Oliveira foram emboscados em uma estrada rural. Eles estavam em uma missão para investigar denúncias de trabalho escravo e foram atacados por homens armados que os executaram à queima-roupa.

Esse crime impactou a sociedade e gerou uma onda de indignação, levando à criação do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, uma data importante na luta pelos direitos humanos no Brasil. A Chacina de Unaí serve como um constante lembrete da necessidade de vigilância e justiça contra a impunidade e a exploração do trabalhador.

Com a prisão de Mânica, espera-se que a Justiça avance em outros casos relacionados a essa atrocidade. Muitas famílias ainda buscam por justiça e a certeza de que crimes desse tipo não ficarão impunes. A luta contra o trabalho escravo continua e a sociedade deve permanecer atenta.