Eduardo Bolsonaro Responde Fundo à Decisão de Moraes sobre Convite de Trump
2025-01-12
Autor: Julia
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, reagiu intensamente à recente decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que requereu um comprovante oficial do convite para a posse de Donald Trump, agendada para o dia 20 de janeiro.
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Eduardo levantou questionamentos sobre os documentos necessários para validar o convite que recebeu. Ele enfatizou que a solicitação não veio de um assessor qualquer, mas do próprio Trump. "Trump fez uma reunião e decidiu: 'Chamem, convidem o Jair Messias Bolsonaro'", afirmou o deputado, defendendo a legitimidade do convite.
Moraes, em sua decisão, justificou que a solicitação de Eduardo não foi acompanhada de provas adequadas, uma vez que o e-mail usado para comunicação era de um endereço que não havia sido identificado. Ele afirmou: "Há necessidade de complementação probatória, pois o pedido não veio devidamente instruído com os documentos necessários, uma vez que a mensagem foi enviada para o e-mail do deputado Eduardo Bolsonaro por um endereço não identificado e sem qualquer programação do evento".
Eduardo também mencionou sua longa intermediária com a família Trump, destacando que estava em contato com o gabinete de transição para garantir não apenas seu convite, mas o de seu pai também. Ele declarou: "Todo mundo sabe que eu estou nessa intermediação com a família Trump, e estou muito feliz com esse convite. Se fosse para eu falsificar alguma coisa, teria feito lá atrás".
Além disso, Eduardo Bolsonaro levantou preocupações sobre a reputação de Moraes após a divulgação do e-mail, insinuando que isso poderia ter repercussões negativas nas relações entre Brasil e Estados Unidos. "Imagino que os americanos estejam furiosos com Alexandre de Moraes, pois é provável que este e-mail agora esteja lotado de mensagens. Espero que não, mas ao torná-lo público, isso pode complicar tudo", concluiu.
Essa situação gera um debate mais amplo sobre as relações diplomáticas entre os dois países e os impactos que intervenções judiciais podem ter em contextos políticos internacionais. O episódio ressalta a tensão existente entre figuras políticas brasileiras e o poder judiciário, além de levantar questões sobre a transparência e a privacidade em comunicações oficiais.