A final da Copa do Brasil entre Atlético e Flamengo, realizada no último domingo (10), foi marcada por cenas desoladoras de violência provocadas por torcedores alvinegros. A confusão nas arquibancadas da Arena MRV culminou em uma punição sem precedentes: a interdição do estádio, determinada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Após o treino do Cruzeiro nesta quinta-feira (14), o zagueiro João Marcelo foi questionado pelos jornalistas sobre o ocorrido e não poupou críticas à situação no estádio do arquirrival. "Concordamos com as festas, com tudo que as torcidas fazem durante os jogos, mas partir para a violência eu já não concordo, não tem necessidade disso. Mas quem tem que tomar medidas é o clube, a diretoria (do Atlético), com a torcida", falou João Marcelo de forma contundente.

Os episódios de violência por parte da torcida atleticana incluíram o arremesso de objetos, sinalizadores e bombas, além de uma invasão de campo, que deixou um fotógrafo ferido ao ser atingido por um artefato.

O Atlético, por sua vez, contestou a decisão do STJD, argumentando que não teve direito de defesa antes da interdição. O clube busca reverter a punição e permitir o uso da Arena MRV, mesmo que seja com portões fechados ou em outro estádio, reforçando a necessidade de um diálogo com as autoridades para garantir a segurança nos eventos esportivos.

A situação acende um alerta sobre a segurança nos estádios, especialmente em tempos em que a paixão pelo futebol deve prevalecer sobre a violência. Autoridades e clubes estão sendo instados a implementar medidas eficazes para garantir a integridade de torcedores e profissionais envolvidos nas partidas. A população também exige ações concretas para evitar que tais situações se repitam no futuro.