Emily Damari, uma jovem britânica-israelense de 28 anos, que foi uma das três reféns libertadas pelo grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza, compartilhou sua alegria ao retornar à liberdade. Em uma emocionante postagem no Instagram, Emily expressou que se sentia "a pessoa mais feliz do mundo" por simplesmente estar viva e aproveitando a vida novamente, especialmente após ter passado por uma experiência traumática.

Sua mãe, Mandy, relatou à BBC que ficou aliviada ao ver que Emily estava "muito melhor" do que esperava após o período de cativeiro. Embora uma avaliação inicial realizada pela Cruz Vermelha tenha apresentado um estado de saúde geral satisfatório entre as reféns, fontes israelenses estão adotando um protocolo rigoroso de exames para investigar quaisquer possíveis problemas de saúde que poderiam ter surgido durante o cativeiro, incluindo lesões e traumas psicológicos.

Mandy, visivelmente emocionada, agradeceu publicamente a todos que ajudaram a trazer Emily de volta para casa e ofereceram suporte à sua família. Ela destacou que sua filha precisa de tempo e cuidado para se recuperar totalmente dessa experiência angustiante.

Durante o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, Emily perdeu dois dedos da mão e foi acordada sob fogo cruzado, de acordo com o porta-voz das Forças Armadas de Israel, Rafael Rozenszajn. Em imagens capturadas assim que as reféns se reencontraram com suas famílias, Emily foi vista com a mão enfaixada ao lado de sua mãe, simbolizando a luta que enfrentou.

Além de Emily, as outras duas reféns libertadas foram Romi Gonen, de 24 anos, apanhada em uma emboscada enquanto tentava deixar um festival, e Doron Steinbrecher, de 31 anos, que foi feita refém dentro de seu próprio apartamento. As três mulheres fazem parte do primeiro grupo de 33 reféns que estão sendo soltos pelo Hamas como parte de uma iniciativa de cessar-fogo com Israel.

O acordo de troca de prisioneiros viu o Estado judeu libertar 90 prisioneiros palestinos na manhã de segunda-feira, em um clima de celebração nas ruas da Cisjordânia. Multidões saudaram os prisioneiros com gritos de alegria, buzinas e bandeiras de grupos políticos palestinos, reforçando a complexidade emocional deste momento.

No total, cerca de 1,9 mil palestinos estão programados para serem libertados nos próximos 42 dias como parte dos esforços contínuos para estabelecer um cessar-fogo duradouro e melhorar as condições para todos os envolvidos no conflito. A libertação dos reféns está gerando esperança, mas também traz à tona as consequências devastadoras da violência que assola a região.