Ciência

Você sabia que o carbono nos nossos corpos vem de estrelas distantes? Entenda a ciência por trás dessa afirmação!

2025-01-06

Autor: Ana

Embora a frase "somos feitos de pó de estrelas" soe poética, pesquisadores mostram que é verdade científica. Os átomos de elementos mais pesados, como carbono, oxigênio e ferro, que compõem nossos corpos, foram gerados no interior de estrelas através de um processo conhecido como nucleossíntese estelar.

Após a morte explosiva das estrelas, especialmente durante as supernovas, esses elementos se dispersam pelo cosmos, mas não ficam perdidos. Segundo um grupo de cientistas dos EUA e do Canadá, eles são ‘convocados para novos destinos’ em um intrigante ciclo que os reintroduz nas galáxias.

Recentemente, o estudo publicado no The Astrophysical Journal Letters revela que esses elementos pesados não só vagam pelo espaço, mas acabam sendo reciclados através de um sistema complexo conhecido como meio circungaláctico (CGM), que atua como uma espécie de transportadora de material entre galáxias.

O que é o meio circungaláctico?

A ideia do meio circungaláctico começou a ganhar atenção na década de 1950, quando observações apontaram uma nuvem de gás ao redor de galáxias, além de suas estrelas e planetas. Esse halo invisível é uma região que se estende por centenas de milhares de anos-luz e serve como um reservatório para os materiais que as galáxias precisam para formar novas estrelas.

Em 2011, o telescópio Hubble confirmou a existência desse halo de gás em torno das galáxias, sugerindo que o CGM é crucial para a formação estelar, pois fornece os elementos necessários para o nascimento de novas estrelas e planetas.

Revolucionando nossa compreensão do carbono

Samantha Garza, doutoranda da Universidade de Washington e primeira autora da pesquisa, destaca que esse meio circungaláctico funciona como um gigantesco reservatório de carbono e oxigênio. Em galáxias ativas, esses materiais retornam a elas, completando um ciclo de reciclagem que é vital para a continuação da formação estelar.

Para analisar como esse sistema funciona, os pesquisadores utilizaram o Espectrógrafo de Origens Cósmicas (COS) do Hubble, medindo como a luz de nove quasares (centros extremamente brilhantes de galáxias distantes) é afetada pelos elementos do CGM de 11 galáxias em formação. As leituras indicaram que o carbono estava presente em enormes quantidades, com algumas concentrações se estendendo a até 400 mil anos-luz de distância.

O papel vital do carbono na vida na Terra

O carbono é fundamental para a vida como a conhecemos. Ele é um produto das reações nucleares em estrelas e se incorpora nos planetas, como a Terra, em diversas formas, incluindo o que está presente em nossos próprios corpos. A dinâmica do CGM é crucial nesse processo, fornecendo um suprimento constante de elementos essenciais que facilitam a formação de novos corpos celestes.

Este processo não é apenas fascinante para astrônomos, mas é também uma janela para a compreensão de como as galáxias se formam e se desenvolvem ao longo do tempo. O CGM não só abastece a Via Láctea, mas também responde aos requisitos do cosmos em constante mudança.

Além disso, os pesquisadores planejam expandir suas análises para outros elementos dentro do CGM, o que pode revelar segredos sobre a evolução das galáxias e como elas enfrentarão eventos cósmicos no futuro. A capacidade de entender esse ciclo pode fornecer insights valiosos sobre os processos que moldam o universo em larga escala.

Fique atento! O que mais o universo pode nos revelar sobre nossa origem como 'poeira estelar'? Compartilhe essa descoberta com amigos e siga nossas redes sociais para mais novidades do mundo cósmico.