Você não vai acreditar: macacos nunca escreverão Shakespeare, revela estudo bombástico!
2024-11-01
Autor: Pedro
Dois matemáticos australianos desafiaram a famosa teoria conhecida como "Teorema do Macaco Infinito", que sugere que, dado um tempo infinito e uma máquina de escrever, um macaco conseguiria, teoricamente, produzir as obras de William Shakespeare. Em um estudo inédito publicado na revista Franklin Open Journal, pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Sydney afirmam que isso não é apenas improvável; é praticamente impossível.
Os pesquisadores calcularam que mesmo se todos os chimpanzés existentes no planeta - cerca de 200 mil - tivessem a vida útil do universo à sua disposição, eles "quase certamente" nunca conseguirão criar as obras de Shakespeare. O experimento considerou um chimpanzé digitando uma tecla por segundo em um teclado de 30 teclas, que representa as letras do inglês e alguns sinais de pontuação.
Os resultados foram surpreendentes: o tempo necessário para um único macaco datilógrafo reproduzir os textos shakespearianos seria maior do que a própria vida útil do universo, que se prevê terminar em cerca de um bilhão de anos. Este cálculo ignora divertidas considerações práticas, como como os macacos se alimentariam ou sobreviveriam à expansão do Sol, que engolirá a Terra em alguns bilhões de anos.
Para dar uma ideia da improbabilidade, o estudo concluiu que um único macaco teria apenas 5% de chance de digitar a palavra "bananas" durante toda a sua vida, sendo que o cânone de Shakespeare é composto por 884.647 palavras - nenhuma delas "banana". Mesmo envolvendo a população total de chimpanzés, o resultado é alarmante: a possibilidade de sucesso é extremamente remota.
Stephen Woodcock, coautor do estudo, comentou: "Se cada átomo do universo fosse um universo por si só, ainda assim isso nunca aconteceria". A magnitude da tarefa parece ainda mais assustadora quando mais chimpanzés ou até mesmo outros primatas mais rápidos são adicionados à brincadeira, já que até então não seria viável que as tentativas deles gerassem resultados significativos que não fossem irrelevantes.
Para ilustrar o absurdo dessa comparação, testes anteriores com macacos usando dispositivos computacionais simples resultaram em apenas cinco páginas de texto, principalmente contendo repetições da letra S. O que leva à questão crucial: devemos mesmo confiar na aleatoriedade para produzir grande literatura? A resposta, segundo a ciência, é um retumbante não.