Nação

“Não consegui assimilar as perdas”, revela professora sobrevivente de tragédia de ônibus da UFSM

2025-04-07

Autor: Maria

A professora Denise Estivalete Cunha, de 33 anos, é uma das sobreviventes do trágico acidente de ônibus que, na última sexta-feira (4), ceifou a vida de sete pessoas em Imigrante, no Rio Grande do Sul. Em uma emocionante declaração, Denise compartilhou detalhes sobre sua recuperação e o impacto emocional devastador do acidente.

Imagens divulgadas pela irmã de Denise mostram a professora com ferimentos visíveis e a voz ainda debilitada. "Não consegui assimilar nossas perdas. Ainda para mim, isso é muito difícil, porque eu também estou com muita dor", declarou emocionada.

Ela recorda o momento aterrorizante do acidente e a sensação de ter escapado da morte. "Eu tinha tudo para não estar aqui. Eu estava sentada atrás do motorista, bem na frente, e meu corpo e minha cabeça bateram várias vezes contra tudo", contou, enquanto tentava conter as lágrimas.

O acidente ocorreu na manhã da última sexta-feira durante uma viagem que levava 35 pessoas, entre alunos e professores, para uma visita técnica a um cactário. Investigações preliminares indicam que o ônibus saiu da pista, possivelmente devido a uma falha nos freios, e despencou em uma ribanceira. Além das sete vidas perdidas, muitas outras pessoas ficaram feridas e ainda enfrentam o processo de recuperação emocional e física.

Em resposta a essa tragédia, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) decretou luto oficial de três dias, suspendendo atividades acadêmicas e administrativas nos dias 4 e 5 de abril. A instituição criou um comitê de crise para monitorar a situação e prestar suporte psicológico às vítimas e seus familiares. A comunidade acadêmica e a sociedade em geral se mobilizaram para oferecer ajuda, demonstrando solidariedade em um momento tão doloroso.

A tragédia reacendeu discussões sobre a segurança em transportes escolares e a necessidade de melhorias nas condições dos veículos utilizados para essas atividades. Especialistas afirmam que é crucial que medidas sejam adotadas para evitar que incidentes como este voltem a acontecer, ressaltando a importância de manutenções rigorosas e regulamentações mais eficazes.