Nação

'Um pesadelo que não se apaga', diz mulher que presenciou a morte de turista em pêndulo na Lagoa Azul

2024-11-05

Autor: Fernanda

O caso trágico que abalou Campo Magro

Elisabete Fernandes não consegue apagar da memória os momentos horripilantes que vivenciou após testemunhar a morte de sua colega, Jussara Vitória Alves de Oliveira, de 24 anos, durante um salto de pêndulo na famosa Lagoa Azul. O incidente ocorreu no último domingo (3) e deixou todos em choque.

Jussara estava sozinha em uma excursão que partiu de Joinville, Santa Catarina, quando fez amizade com outros participantes. A jovem não teve a chance de comemorar sua nova aventura, pois ao saltar, colidiu contra pedras e perdeu a vida instantaneamente.

"É um pesadelo que não dá para esquecer. A agonia foi imensa", desabafa Elisabete, visivelmente abalada.

De acordo com a Polícia Civil, a segurança deveria ter sido priorizada. Antes de qualquer salto, o participante deve estar preso por uma corda de segurança, que é acoplada à plataforma. No entanto, essa medida de segurança crucial não foi aplicada corretamente no caso de Jussara, resultando em consequências fatais.

Informações reveladas pela polícia indicam que a corda de segurança, sendo mais curta do que a do pêndulo, puxou a vítima em direção às pedras, levando ao trágico acidente. A administração do parque ecológico confirmou que o local estava interditado, sem licenciamento adequado.

Após o acidente, eles relataram que o Parque Ecológico Lagoa Azul não possuía as licenças necessárias, incluindo licenças ambientais e do Corpo de Bombeiros. A prefeitura de Campo Magro deixou claro que a organização e a segurança dos saltos não estavam asseguradas, e o local deveria estar fechado ao público.

Testemunhas no local foram ouvidas pela polícia, incluindo o proprietário da Ojheik Rolês, empresa responsável pela atividade de pêndulo, que, apesar de comparecer à delegacia, optou por permanecer em silêncio.

Em uma declaração, a Ojheik Rolês lamentou profundamente o acidente e ofereceu apoio à família de Jussara. A administração do parque, por sua vez, se isentou de responsabilidades, alegando que apenas disponibilizam o espaço, mas que não podem garantir a segurança das atividades oferecidas.

Um incidente como este levanta questões cruciais sobre a responsabilidade dos operadores em atividades de aventura. O que deve ser feito para garantir a segurança dos turistas? As autoridades e a comunidade agora se questionam sobre a eficácia das fiscalizações em locais não licenciados. A tragédia de Jussara certamente não será esquecida, e o clamor por justiça e segurança precisa ecoar em todos os cantos.

É essencial que a história de Jussara sirva de alerta não só para os responsáveis pelo parque, mas também para todos que buscam aventura nas maravilhas da natureza. O que mais deve acontecer para que medidas de segurança se tornem prioridade?