O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), fez declarações polêmicas sugerindo a realocação de palestinos da Faixa de Gaza para nações árabes vizinhas, uma ideia apresentada como forma de “limpar a situação” após o recente acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo extremista Hamas.

Durante um voo presidencial no sábado, 25 de janeiro de 2025, Trump falou sobre o assunto após diálogos com o rei Abdullah da Jordânia, manifestando a intenção de discutir a proposta também com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi.

“Gaza é literalmente uma área devastada. Quase tudo foi destruído e as pessoas estão morrendo lá. Prefiro colaborar com algumas nações árabes para construir moradias em outros lugares onde elas possam viver em paz, mesmo que temporariamente”, declarou Trump, refletindo sobre a situação crítica da região.

Entretanto, a ideia gerou forte condenação entre os líderes palestinos, que a classificaram como 'limpeza étnica'. O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, por outro lado, elogiou a proposta, afirmando que ajudar os palestinos a encontrar novos lugares seria uma “excelente ideia” que permitiria a eles recomeçar suas vidas.

Desde o início da guerra em outubro de 2023, a Faixa de Gaza sofreu enormes perdas, com o Hamas afirmando que mais de 40.000 pessoas perderam a vida no conflito. A ONU (Organização das Nações Unidas) relata que cerca de 92% das construções na região foram totalmente destruídas ou gravemente danificadas, deixando uma população em estado crítico.

Diante deste cenário caótico, a proposta de Trump levanta questões sobre suas implicações humanitárias e legais. Especialistas em direitos humanos alertam que tal medida poderia aprofundar a crise e gerar novos deslocamentos forçados, além de exacerbar tensões políticas e sociais no Oriente Médio. O que está em jogo? Vamos acompanhar de perto os desdobramentos dessa situação explosiva.