Donald Trump já está fazendo valer suas promessas de campanha logo após assumir a presidência novamente. Em um movimento ousado, o ex-presidente colocou em prática sua estratégia de retaliação aos indicados de Joe Biden, demitindo pelo menos quatro altos funcionários do governo anterior em um anúncio que surpreendeu muitos.

Em uma mensagem polêmica postada na sua rede social, Truth Social, Trump declarou: "O meu Escritório de Pessoal Presidencial está ativamente no processo de identificar e remover mais de mil nomeações presidenciais da administração anterior, que não estão alinhados com nossa visão de tornar a América grande novamente!" Ele não hesitou em usar seu slogan de campanha, reforçando seu compromisso com o chamado retorno à grandeza americana.

Entre os demitidos estão Brian Hook, que ocupava um cargo no Departamento de Estado; José Andrés, do Conselho sobre Esportes, Fitness e Nutrição; Mark Milley, um general aposentado; e Keisha Lance Bottoms, ex-prefeita de Atlanta. Todos foram vítimas do que Trump chamou de sua política de "limpeza" das denominações anteriores.

A frase emblemática "Vocês estão demitidos!" foi a marca registrada desse anuncio e lembrou os tempos de reality show de Trump, elevando ainda mais a tensão política.

Em uma ação paralela, Trump assinou uma ordem executiva que reverte uma medida de seu primeiro governo, chamada "Schedule F", que facilita a demissão de determinados funcionários federais. Esse estranho movimento não só marca uma mudança significativa na gestão pública dos EUA, como gera uma debates acalorados sobre a prática de politização da administração pública.

A administração Biden, por outro lado, havia tentado proteger cerca de 4 mil funcionários federais de demissões arbitrárias, mas agora se vê em um cenário desafiador com o novo proprietário da Casa Branca.

Além disso, Trump já afastou a primeira e única mulher a comandar a Guarda Costeira dos EUA, Linda Lee Fagan, citando diversas razões, incluindo problemas na fronteira com o México e alegações de encobrimento de casos de agressão sexual na Academia da Guarda Costeira. Este ato gerou uma onda de críticas e defesa em relação ao tratamento de questões de segurança e ética no governo.

Outra demissão polêmica foi a de 51 ex-funcionários da inteligência dos EUA, que estiveram envolvidos em um caso que mencionou Hunter Biden, criando um ambiente ainda mais tenso, onde Trump parece disposto a buscar vingança contra todos que o contrariaram.

Além das demissões, o novo presidente também atendeu seus apoiadores ao finalizar o trabalho remoto para os funcionários federais, um reflexo do seu desejo de restaurar uma imagem de trabalho mais rigorosa e concentrada.

Com sua retórica agressiva e ações rápidas, Trump não só cumpre promessas eleitoral como reaquece um clima já polarizado na política americana, deixando os cidadãos em um misto de apreensão e expectativa sobre o que vem a seguir.