O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um anúncio polêmico nesta segunda-feira (20): o país sairá novamente do Acordo Climático de Paris, seguindo a mesma decisão de seu primeiro mandato entre 2016 e 2021. Essa medida contrasta fortemente com os esforços do ex-presidente Joe Biden, que reingressou no acordo em 2021, destacando as diferenças ideológicas entre os líderes dos dois partidos.

A informação foi divulgada pela Casa Branca através de um comunicado por e-mail, enviado a agências de notícias internacionais. "O presidente Trump se compromete a retirar os EUA do Acordo de Paris sobre o clima", relatou o jornal britânico Financial Times.

Durante a cerimônia de posse de seu novo governo, Trump reiterou seu compromisso em aumentar a produção de petróleo nos EUA, além de prometer eliminar subsídios destinados à compra de veículos elétricos, criados sob a administração de Biden. "Nosso foco será maximizar a exploração das reservas de petróleo e gás naturais do país", declarou Trump, enfatizando uma nova era de exploração energética.

Trump já havia manifestado críticas contundentes ao Acordo de Paris, descrevendo-o como desproporcionalmente punitivo para a economia norte-americana. Ele argumentava que as restrições impostas pelo acordo favorecem outras nações em detrimento da indústria dos EUA. Essa nova retirada reflete o compromisso do republicano em revitalizar a produção de combustíveis fósseis, em um momento em que as discussões sobre aquecimento global e transição energética estão em alta.

Além disso, essa decisão pode ter repercussões globais, renovando o debate sobre responsabilidades climáticas e o papel dos grandes emissores de gases de efeito estufa na luta contra as mudanças climáticas. A saída dos EUA do acordo pode desestabilizar as negociações climáticas futuras, colocando em xeque a colaboração internacional necessária para enfrentar um dos maiores desafios do nosso tempo.