Nação

Tragédia na BR-116: Motorista da carreta preso após acidente que deixou 39 mortos

2025-01-21

Autor: Gabriel

Um mês após a tragédia na BR-116 em Teófilo Otoni, onde 39 pessoas perderam a vida em um acidente chocante no dia 21 de dezembro, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu prender o motorista da carreta envolvida. Ele é acusado de dirigir em alta velocidade e sob o efeito de álcool e drogas. O acidente ocorreu quando a carreta, que transportava blocos de granito, colidiu frontalmente com um ônibus de passageiros.

De acordo com informações, o motorista fugiu do local do acidente, alegando que o ônibus havia estourado um pneu, o que causou a perda de controle do veículo. Ele se apresentou à polícia dois dias depois, no dia 23 de dezembro, acompanhado de advogados, mas foi liberado temporariamente. A defesa alega que ele entrou em estado de pânico após o acidente.

Durante a investigação, foram coletadas amostras de urina do condutor, que confirmaram o uso de substâncias como cocaína e ecstasy. Além disso, a investigação revelou que ele já havia sido abordado anteriormente por policiais, demonstrando sinais de embriaguez.

O juiz Danilo de Mello Ferraz, responsável pelo caso, ressaltou que a prisão do motorista foi motivada por diversos fatores, como sua ausência no local do acidente, sobrepeso na carga da carreta e o fato de não ter respeitado as condições de transporte adequadas. A decisão foi tomada também pelo mau comportamento do motorista durante as investigações, uma vez que ele se recusou a entregar o celular para análise.

A polícia civil mobilizou recursos avançados para investigar o acidente, utilizando um scanner 3D para reconstruir a dinâmica da colisão. O delegado Amaury Albuquerque destacou que as investigações podem levar tempo e que ainda não se podem tirar conclusões definitivas, apesar das evidências apontarem para o sobrepeso da carga como um possível fator contribuinte.

Além disso, uma polêmica se instaurou em relação ao número de vítimas. De acordo com o perito criminal Felipe Dapieve, os 41 corpos contabilizados correspondem ao número de sacos mortuários encontrados na cena, enquanto a empresa responsável pelo ônibus, Emtram, afirmou que 39 pessoas morreram, considerando que dos 45 passageiros, seis sobreviveram ao acidente.

A tragédia ocorreu quando o ônibus da Emtram fazia uma viagem de São Paulo para a Bahia, e, segundo relatos, uma colisão ocorreu após o tombamento do semirreboque da carreta. A situação resultou em um incêndio devastador, e outro veículo que seguia atrás colidiu com a carreta, deixando ocupantes feridos.

Essa tragédia serviu como um alerta sobre a segurança nas estradas brasileiras, levantando questões sobre a fiscalização dos veículos de carga e a necessidade de medidas mais rigorosas para proteger os passageiros em viagens intermunicipais.