Trump Choca o Mundo ao Chamar o Aquecimento Global de 'Uma das Maiores Fraudes da História' e Promete Impulsionar Combustíveis Fósseis em Seu Novo Mandato
2024-11-06
Autor: Ana
Nas eleições americanas de 2024, Donald Trump desbancou Kamala Harris e está prestes a retornar à Presidência dos Estados Unidos em um cenário que pode provocar grandes mudanças em questão climática.
Guga Chacra destaca que Trump, agora empoderado e com um discurso messiânico, busca vingar-se ao voltar à Casa Branca. Apesar de ambos os candidatos não terem dado o devido destaque à agenda climática durante suas campanhas, é inegável que o assunto gera apreensão entre a população, porém sua relevância nas urnas é mínima. Sem um plano governamental definido para tratar das questões climáticas, a ausência de compromisso por parte dos EUA, o maior produtor de petróleo e o segundo maior emissor de CO₂ do mundo, configura um grande desafio para as ações globais contra as mudanças climáticas nos próximos anos.
A cientista política Leah Stokes, da Universidade da Califórnia, ressaltou a clara diferença entre as posturas de Trump e Kamala em relação ao clima. Essas divergências políticas podem ser cruciais para o futuro do planeta, especialmente considerando que já existem previsões alarmantes sobre a situação climática, com a NASA afirmando que 2024 pode igualar ou até superar 2023 como o ano mais quente da história.
Neste ano, a NOAA registrou 24 desastres climáticos nos EUA, resultando em prejuízos que ultrapassam 1 bilhão de dólares. O ciclo de aquecimento global tende a se intensificar, a menos que haja um corte drástico nas emissões de gases.
No segundo mandato de Trump, é esperado não apenas a continuação de sua agenda negacionista, mas um aumento na produção de petróleo e gás, além de uma redução nas regulamentações sobre emissões. A renomada revista Scientific American, em sua primeira vez em mais de um século, decidiu apoiar Kamala , argumentando que Trump representa uma séria ameaça à ciência e à saúde do planeta.
Trump tem se autoproclamado 'ambientalista' de maneira contraditória, promovendo sua agenda de expansão da indústria de combustíveis fósseis. Suas declarações, como 'perfure, querido', refletem seu desejo de intensificar a exploração de petróleo e gás, ao mesmo tempo que tenta apagar a história de aumento da poluição do ar durante sua gestão anterior.
Ele já sugeriu que pretende revogar partes significativas da Inflation Reduction Act (IRA), e não seria surpresa se retirasse os EUA do Acordo de Paris novamente, uma medida que pode levar a um aumento significativo das emissões de gases do efeito estufa.
A derrota de seu adversário foi marcada por controvérsias, e a sua promessa de 'ar puro e água limpa' contrasta com os dados que mostram um aumento da poluição nos anos em que Trump esteve no poder. Ele tem planos para desmantelar novamente a Agência de Proteção Ambiental (EPA), seguindo uma estratégia chamada Projeto 2025, que poderá colocar mais cargos públicos sob controle político, em detrimento da competência técnica.
Essas decisões têm implicações diretas não apenas para os EUA, mas também para outros países, incluindo o Brasil, que se prepara para sediar a COP30 em Belém. A vitória de Trump pode criar um efeito dominó, afastando outros países dos acordos climáticos e dando força ao discurso negacionista.
A reação de Lula, presidente brasileiro, foi de parabenizar Trump, ressaltando que o mundo precisa de diálogo e ações conjuntas. No entanto, especialistas locais temem que a nova administração Trump reduza investimentos em pesquisa climática, o que afetaria diretamente as iniciativas de monitoramento ambiental no Brasil, que depende significativamente de tecnologia e dados coletados por satélites americanos. Com a estratégia de Trump se concretizando, muitos se questionam: como o mundo irá lidar com o retrocesso ambiental promovido por sua administração?