Resistência Antimicrobiana: um Perigo que Pode Matar Mais de 39 Milhões até 2050!
2024-11-16
Autor: Maria
A resistências antimicrobiana (RAM) é uma crise de saúde global que, segundo o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, urgentemente deve ser tratada como uma prioridade tão importante quanto a luta contra as mudanças climáticas. Em sua declaração durante a quarta Reunião Ministerial Global de Alto Nível sobre Resistência Antimicrobiana, realizada em Jeddah, Arábia Saudita, ele enfatizou que a RAM já causa a morte de mais de 1,3 milhão de pessoas anualmente, uma situação alarmante que pode piorar drasticamente.
A RAM surge quando microrganismos como bactérias, vírus, fungos e parasitas alteram-se devido à exposição inadequada a antimicrobianos, resultando em cepas resistentes que não respondem aos tratamentos convencionais. Este fenômeno complica o combate a infecções, levando ao aumento das chamadas 'superbactérias', que representam uma ameaça crescente para a saúde pública.
Recentemente, um estudo do Projeto Global Research on Antimicrobial Resistance (GRAM), publicado na renomada revista The Lancet, revelou que as mortes diretamente relacionadas à RAM devem crescer quase 70% até 2050, totalizando 39 milhões de vítimas. Essa previsão macabra destaca a gravidade e a urgência da questão.
O uso inadequado de antibióticos na medicina e na agricultura é um dos principais motores desse problema. Dados da OMS indicam que cerca de 480 mil pessoas anualmente desenvolvem tuberculose resistente, resultando em aproximadamente 250 mil mortes relacionadas à doença. Além disso, a utilização de agentes antimicrobianos na pecuária representa cerca de 70% do consumo global. Eran Raizman, representante sênior da FAO, reforça que a resistência antimicrobiana deve ser combatida na raiz, mudando-se as práticas de produção de alimentos.
Não é apenas uma questão de saúde, mas uma verdadeira emergência que pode impactar a capacidade do mundo de alimentar a crescente população, que deve chegar a 10 bilhões até 2050. O que você está fazendo para combater esse flagelo?