Trump Adota Novas Táticas Golpistas em 2024: O Que Mudou Desde 2020?
2024-11-05
Autor: Julia
Donald Trump voltou a alegar que as eleições são fraudulentas, uma repetição de seu discurso de 2020, mas há um elemento crucial que mudou desta vez. Ao invés de se manifestar apenas após a eleição, Trump começou a construir sua narrativa de fraude eleitoral muito antes do dia da votação. Essa abordagem reflete um entendimento estratégico que faltou na sua campanha anterior, onde ele não mobilizou adequadamente sua base a tempo de contestar as vitórias de Joe Biden.
O colunista Leonardo Sakamoto aponta que esta nova narrativa está sendo elaborada mesmo antes das pesquisas de boca de urna, onde Trump e seus aliados parecem estar semeando dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral. Tal atitude, que ecoa a estratégia de regimes autoritários, busca minar a confiança pública nas instituições democráticas - uma tática que já vimos em outros contextos, como no Brasil, quando candidatos desafiaram o Tribunal Superior Eleitoral.
As eleições presidenciais americanas de 2024 estão marcadas por uma intensa polarização e ataques mútuos, com Trump enfrentando a democrata Kamala Harris, que entrou na corrida eleitoral em agosto, após a decisão do atual presidente Joe Biden de não concorrer à reeleição devido ao seu desempenho insatisfatório nos debates. O clima eleitoral se intensificou após um atentado em julho, quando Trump foi alvo de tiros durante um discurso na Pensilvânia, demonstrando a crescente tensão política.
Além da disputa presidencial, os EUA também realizam eleições para governadores em 11 estados, 33 cadeiras no Senado e a totalidade da Câmara dos Deputados. É importante lembrar que no sistema político americano, a escolha do presidente não é feita diretamente pelos eleitores, mas através de um colégio eleitoral, onde a disputa é acirrada e as estratégias de mobilização são essenciais.
O que você precisa saber sobre o processo eleitoral: cada estado tem um número de delegados que variam de acordo com sua população, e o candidato que acumula a maioria dos votos em um estado leva a totalidade desses delegados. Esse método pode levar a situações onde um candidato ganha o voto popular mas perde a eleição, como aconteceu com Trump em 2016.