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Trump adia proibição do TikTok e propõe que chineses vendam 50% da empresa para americanos

2025-01-19

Autor: Fernanda

Após a entrada em vigor de uma lei sancionada pelo Congresso em 2024 que proíbe o uso do TikTok nos Estados Unidos, mais de 170 milhões de usuários americanos estão enfrentando dificuldades. O aplicativo, controlado pela empresa chinesa ByteDance, decidiu suspender suas operações nas terras americanas, deixando muitos usuários preocupados e curiosos sobre o futuro da plataforma.

Em uma postagem na rede social Truth Social, o ex-presidente Donald Trump comentou que deseja que os Estados Unidos detenham 50% de uma joint venture com o TikTok. Ele acredita que essa abordagem poderia levar a um acordo que beneficiasse ambas as partes. "Sem a aprovação dos EUA, não há TikTok", afirmou Trump, enfatizando o potencial econômico do aplicativo, que, segundo ele, poderia valer "centenas de bilhões de dólares - talvez trilhões".

A recente decisão da Suprema Corte dos EUA, que confirmou os argumentos de segurança nacional apresentados pelo governo, permitiu a aplicação imediata da proibição. O TikTok, que já havia enfrentado dificuldades legais em vários países, decidiu, no último sábado, encerrar o acesso aos seus serviços em território americano. As gigantes de tecnologia, Apple e Google, rapidamente removeram o aplicativo de suas lojas para atender à nova legislação.

A administração Biden, que sancionou a lei no ano passado, deixou claro que o futuro do TikTok dependerá de negociações entre ByteDance e potenciais compradores. Recentemente, surgiram rumores de que Elon Musk, conhecido por sua proximidade com Trump, está sendo considerado como um possível comprador, embora nenhuma confirmação tenha sido feita até o momento. Além dele, o empresário Frank McCourt e seu grupo de defesa da internet, Project Liberty, também manifestaram interesse em adquirir a plataforma.

Os ativos do TikTok nos Estados Unidos, que não incluem o seu famoso algoritmo, estão avaliados entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões. Porém, sem o algoritmo, que é considerado o verdadeiro valor da companhia, essa estimativa pode estar aquém de seu real valor.

Se a venda se concretizar, o TikTok poderá ser reestruturado, fazendo com que seu novo proprietário recrie as funcionalidades essenciais que atraem milhões de usuários. Isso pode incluir a necessidade dos usuários americanos baixarem um novo aplicativo para os conteúdos gerados localmente, uma vez que a China pode proibir a venda de seu algoritmo, dificultando a continuidade do feed personalizado da plataforma.

Com a crescente incerteza sobre a permanência do TikTok, muitos usuários começaram a buscar alternativas. Uma das opções que ganhou destaque é o RedNote, um aplicativo que se apresenta similar ao TikTok, mas com adições interessantes como álbuns de fotos e funcionalidades voltadas a textos. Nas últimas semanas, os downloads do RedNote dispararam, refletindo o que alguns chamam de "refugiados do TikTok".

Neste cenário de incertezas e constantes mudanças, o que acontecerá com o TikTok e seus milhões de usuários ainda é uma questão em aberto. Uma coisa é certa: o futuro da plataforma se entrelaça com a política e as relações comerciais entre os EUA e a China.