Tratado Global dos Plásticos: Tentativas Frustradas de Frear o Progresso!
2024-12-15
Autor: Julia
Na quinta rodada de negociações sobre o tão esperado tratado global dos plásticos, o que deveria ser a fase final se tornou um novo capítulo de incertezas. O consenso ficou longe de ser alcançado, e agora a conclusão do acordo foi adiada para 2025, quando o INC-5 está programado para acontecer. Os principais obstáculos incluem temas cruciais, como a necessidade urgente de reduzir a produção de plásticos e produtos químicos nocivos, além da criação de um mecanismo de financiamento que possa auxiliar países em desenvolvimento na transição para práticas mais sustentáveis.
Durante eventos como o E-Prix, que destacaram inovações e energias limpas como pilares de um futuro sustentável, a realidade nas negociações do INC-5 mostrava um cenário diferente. Países grandes produtores de petróleo, como os Estados Unidos, Arábia Saudita e Rússia, se opuseram a qualquer medida que limitasse a produção de plásticos. Isso trouxe à tona uma questão fundamental: enquanto se discutem estratégias para gerenciar resíduos, é preciso também atacar a raiz do problema - a produção excessiva de plásticos.
Por outro lado, uma luz de esperança se acende, pois mais de 100 países, incluindo o Brasil, permanecem firmes em seus objetivos de implementar medidas mais ambiciosas. Este grupo, que inclui representantes da América Latina, União Europeia e África, pressiona por limites globais na produção de plásticos e pela eliminação progressiva de materiais que causam danos ao meio ambiente.
É importante ressaltar que o Brasil, apesar das tensões internas dentro de sua delegação, manteve sua posição firme durante as negociações. Uma reportagem da agência Pública destacou esses desafios, mas também ressaltou a disposição do país em discutir os impactos dos plásticos na saúde humana, um tema frequentemente esquecido nos debates.
O tratado global dos plásticos representa um passo crucial para a saúde dos oceanos, do planeta e, consequentemente, da humanidade. A resolução aprovada pela Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente em 2022 foi um marco inicial para a construção de um acordo juridicamente vinculante sobre a poluição por plásticos. Quando finalizado, este tratado poderá ser um divisor de águas na luta contra a poluição que afeta nossos mares.
Embora os obstáculos sejam imensos, um fenômeno positivo é a crescente disposição política em combater a crise do plástico. Assim como no automobilismo, que mantém tradições enquanto avança em direção a pistas mais sustentáveis, a persistência, estratégia e resiliência são essenciais para alcançarmos nossos objetivos. Portanto, nada de puxar o freio — estamos acelerando em direção à mudança!