Tecnologia

Japão e EUA Acusam a Coreia do Norte pelo Roubo de US$ 300 Milhões em Criptomoedas

2024-12-24

Autor: Mariana

Um audacioso ataque cibernético realizado por um grupo de hackers norte-coreanos resultou no roubo de impressionantes US$ 300 milhões em criptomoedas da corretora japonesa DMM Bitcoin, de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (24) pela Agência Nacional de Polícia do Japão e pelo FBI dos Estados Unidos.

O FBI confirmou em um comunicado que hackers ligados à Coreia do Norte, conhecidos como parte do notório Grupo Lazarus, foram responsáveis pelo golpe, que teve início com uma movimentação estratégica em plataformas de mídia social. Os integrantes do grupo TraderTraitor, supostamente associados ao regime de Pyongyang, se infiltraram em sistemas de segurança, levantando alertas sobre a crescente ameaça cibernética representada pelo país asiático.

O Grupo Lazarus chamou a atenção mundial em 2014, após ser vinculado ao hack da Sony Pictures, uma retaliação aparentada ao lançamento do filme 'A Entrevista', que criticava o líder norte-coreano Kim Jong Un.

As autoridades descreveram a operação como uma "engenharia social direcionada", levando um hacker a se passar por um recrutador no LinkedIn. O alvo foi um funcionário de uma empresa de software para criptomoedas, que recebeu um teste de pré-contratação contendo um código malicioso. Essa armadilha permitiu ao hacker invadir sistemas e tomar controle deles, manipulando transações com facilidade.

Os hackers conseguiram usar esse acesso até o final de maio de 2024, resultando na perda colossal de 4.502,9 bitcoins do fundo da DMM, que correspondia a cerca de US$ 308 milhões na época, um golpe que expôs a vulnerabilidade do setor.

Segundo autoridades, essa não é uma questão isolada. O FBI, em parceria com a Agência Nacional de Polícia do Japão e outros aliados internacionais, deixou claro que continuarão a combater o uso de atividades ilícitas pela Coreia do Norte, destacando crimes cibernéticos e o roubo de criptomoedas como métodos de financiamento do regime autoritário.

Desde a década de 1990, a Coreia do Norte tem investido em operações de guerra cibernética, que hoje são orquestradas por uma unidade chamada Bureau 121, composta por cerca de 6.000 membros. Essa força-tarefa atua a partir de vários países, demonstrando a vasta rede de operações cibernéticas que ameaçam não apenas o Japão e os EUA, mas o mundo todo.

As preocupações sobre segurança na esfera digital estão se intensificando, à medida que os crimes cibernéticos se tornam mais sofisticados. O alerta é um chamado à ação para todos os envolvidos na indústria das criptomoedas, que precisa urgentemente se proteger contra ataques como esses. O que mais a Coreia do Norte planeja? Acompanhe as notícias para mais detalhes!