Uma tragédia marcou o Líbano na última sexta-feira, com bombardeios israelenses que resultaram na morte de 31 pessoas, entre elas três crianças e sete mulheres. Os ataques ocorreram em áreas do subúrbio de Beirute, onde a população sente cada vez mais os efeitos do conflito.

Este ataque foi considerado o maior desde o início da guerra na Faixa de Gaza, levando o Hezbollah a retaliar com cerca de 150 foguetes direcionados ao norte de Israel. O Ministério da Saúde do Líbano já contabilizava 14 mortos e 59 feridos em bombardeios anteriores ocorridos no mesmo dia.

De acordo com um porta-voz do Exército de Israel, o ataque também resultou na morte de aproximadamente dez líderes militares do Hezbollah, um dos principais grupos militantes que atua na região e que e apoia o Hamas.

Em uma declaração impactante, o Ayatollah Ali Khamenei, líder supremo do Irã e aliado do Hezbollah, denunciou os ataques israelenses, chamando-os de crimes desumanos, especialmente ao afetar crianças inocentes.

Desde o início das hostilidades, os confrontos entre Israel e o Hezbollah se tornaram quase diários ao longo da fronteira. O Hezbollah, que não faz parte do governo libanês, lançou uma forte condenação aos bombardeios, com o primeiro-ministro libanês ressaltando que Israel ignora completamente questões humanitárias e éticas.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que as operações militares no Líbano continuarão até que as condições de segurança melhorem e que os moradores do norte possam retornar às suas casas, áreas que foram evacuadas devido ao aumento das tensões.

Além disso, o Hezbollah colocou a responsabilidade sobre Israel em uma série de explosões de dispositivos entre seus membros, que resultaram em 37 mortos e mais de três mil feridos em uma semana. Enquanto isso, Israel não fez comentários diretos sobre os incidentes, mas indicou que sua estratégia militar se voltaria para o norte do país em resposta à escalada de ataques.