Saúde

Tragédia em Jericoacoara: Turista do DF pierde a vida após peregrinação em unidades de saúde do CE

2025-01-04

Autor: Lucas

A família de Larya Rezende, 33 anos, está enfrentando um verdadeiro pesadelo ao tentar trazer o corpo da brasiliense, que faleceu após peregrinar por diversas unidades de saúde no Ceará. A turista do Distrito Federal estava aproveitando suas férias em Jericoacoara quando sofreu uma grave crise asmática, que começou um calvário que ninguém jamais imaginaria. Ela morreu no dia 30 de dezembro de 2024.

Em meio à crise, Larya foi levada a um posto de saúde em Preá, próximo a Jericoacoara, mas, para a surpresa da família, não havia balão de oxigênio disponível no local. Os médicos informaram a necessidade de transferência para uma unidade de terapia intensiva (UTI), mas a situação só piorou a partir daí.

Uma ambulância fez o transporte de Larya do município de Cruz para o hospital de Sobral, mas, em um golpe de sorte trágico, a equipe médica foi informada de que a unidade hospitalar havia recusado o recebimento da paciente. Com a saúde de Larya se deteriorando rapidamente, ela foi levada às pressas para uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) em Sobral, onde, infelizmente, as condições para tratamento não eram adequadas. Larya faleceu poucas horas depois de sua chegada.

Após a morte, uma equipe médica realizou um teste de Covid-19 em Larya, que resultou positivo. Essa informação complicou ainda mais a situação, pois os familiares foram impedidos de realizar o translado do corpo de volta para Brasília. As regras atuais para o transporte de corpos positivos para Covid-19, semelhantes às da pandemia, impossibilitam o envio por avião, segundo a irmã de Larya, Layara Rezende.

"Estamos quase há uma semana tentando fazer um novo teste para conseguir levar minha irmã de volta para casa. Precisamos que ela seja sepultada perto de seus entes queridos", desabafou Layara, ressaltando a angústia da família diante da situação. A questão de um novo exame surge, já que eles questionam a legitimidade do teste inicial, uma vez que Larya havia realizado um teste antes da viagem que deu negativo.

A família relatou ainda que o Instituto Médico Legal de Sobral se negou a liberar o corpo para que uma empresa contratada realizasse a necrópsia, alegando a causa da morte. A dor da perda se intensifica com a sensação de impotência e humilhação diante da situação.

“Perder um parente é horrível, mas tudo isso torna tudo ainda mais triste. Ver minha mãe, tão abatida, sem conseguir enterrar a filha, é uma cena insuportável”, desabafou Layara.

A tragédia deixou Larya com quatro filhos, sendo o mais velho de 17 anos e a mais nova, de apenas 9. Um verdadeiro chamado à ação para que as autoridades revejam a atenção e infraestrutura oferecida nas unidades de saúde que deveriam socorrer quem está em situação crítica. A história de Larya é um lembrete triste da importância de assistência médica efetiva e imediata, especialmente em momentos de emergência.