Esportes

Botafogo ainda sem treinador para 2025; entenda as mudanças na Série A

2025-01-06

Autor: Mariana

Faltando apenas uma semana para o início do Campeonato Carioca, o Botafogo se destaca como o único time da Série A que ainda não definiu seu treinador para a próxima temporada. Recentemente, a equipe alvinegra recebeu a negativa de André Jardine, atual técnico do América do México, que rejeitou uma proposta de contrato de dois anos com um aumento salarial em relação ao que já recebe no clube mexicano.

André Jardine confirmou sua permanência no América durante uma coletiva onde expressou sua motivação para o retorno ao trabalho. O treinador ressaltou sua felicidade e compromisso com a equipe, onde se tornou ídolo após conquistar quatro títulos em pouco mais de um ano. "Estou voltando ao trabalho, muito motivado. Acredito que esta semana esclareceremos tudo com o América”, afirmou.

Após a recusa de Jardine, o Botafogo, que é dirigido pela Sociedade Anônima de Futebol (SAF) de John Textor, ficará novamente em busca de um novo comandante. Textor priorizou Jardine como opção, mas agora deverá explorar outras alternativas. O novo técnico ideal deve ter um estilo de jogo ofensivo e habilidades de adaptação, uma característica que também fez Artur Jorge se destacar na conquista da Libertadores e do Campeonato Brasileiro recentemente.

Não apenas o Botafogo está passando por essa dança das cadeiras. Dos 20 clubes que disputarão a Série A em 2025, seis deles, incluindo o alvinegro, terão novos treinadores em relação ao fim da última temporada. Este número representa um crescimento de três vezes em comparação ao ano anterior. As razões para essa instabilidade incluem desde propostas tentadoras de outros clubes até a demissão dos treinadores, insatisfações com desempenhos e a falta de acordos para renovações.

Enquanto os índices de manutenção de treinadores aumentaram, com 90% em 2023, a realidade é que muitos comandantes não conseguem completar uma temporada. Em 2024, 15 dos 20 técnicos iniciantes saíram de seus clubes antes da temporada acabar, com muitos deles abandonando o cargo antes mesmo do início do campeonato.

Dentro deste cenário de tensão, Fernando Diniz, atual treinador do Cruzeiro, se destaca como um dos mais pressionados. Após uma temporada irregular, onde conquistou apenas três vitórias em 15 partidas, Diniz se vê cercado de expectativas, especialmente com as contratações de peso que a equipe fez. As desavenças entre Diniz e a diretoria, que foram publicamente divulgadas no final do ano passado, somente aumentam as chances de uma saída repentina caso os resultados não apareçam.

Na mesma linha, Ramón Díaz, do Corinthians, e Rogério Ceni, do Bahia, enfrentam pressão semelhante. Ambos os clubes são considerados favoritos em suas respectivas partidas da Pré-Libertadores, mas uma eliminação nesta competição poderá custar o emprego de ambas as lideranças.

A instabilidade nas chefias dos clubes da Série A promete criar um ambiente de intensa competição e drama nas próximas semanas, especialmente com a proximidade do início do Campeonato Carioca. Resta saber quem terá a habilidade de se adaptar e levar suas equipes ao sucesso em 2025!