Tragédia em Boituva

Uma tragédia abalou a comunidade de Boituva, interior de São Paulo, no último sábado (26), quando uma paraquedista de 40 anos, Carolina Muñoz Kennedy, conhecida como Carito, perdeu a vida após enfrentar uma falha catastrófica em seu paraquedas.

Durante o salto, o paraquedas principal não abriu, e ao acionar o equipamento reserva, Carito também enfrentou problemas, resultando em sua queda fatal. O acidente ocorreu por volta das 17h40, na rua Alzira Agostinho Atalla, no bairro Cidade Jardim, apenas dois dias após ela ter celebrado seu aniversário de 40 anos.

Testemunhas relataram que Carito era uma amante do esporte e já possuía experiência em saltos de paraquedas, além de ser uma praticante fervorosa de mergulho em apneia, compartilhando suas aventuras nas redes sociais. A secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que um funcionário da escola de paraquedismo responsável pelo salto compareceu à delegacia e confirmou os problemas nos equipamentos.

"O paraquedas reserva foi acionado, mas, por razões ainda desconhecidas, não funcionou adequadamente, resultando na tragédia", declarou a SSP. O caso já está sendo investigado, e a situação foi classificada como morte suspeita/acidental, com os procedimentos necessários sendo realizados pelo IML (Instituto Médico Legal).

Além disso, vale lembrar que este não é um caso isolado em Boituva, uma cidade que se tornou um destino popular para amantes do paraquedismo. Em um incidente impactante em junho deste ano, o paraquedista colombiano Jhovanny Duran caiu do tecido de um balão durante a preparação para um salto, mas conseguiu acionar seu paraquedas e pousar com segurança, apesar dos ferimentos.

Outra fatalidade ocorreu em outubro do ano passado, quando Humberto Siqueira Nogueira, um empresário de 49 anos, também perdeu a vida após um salto, e em julho de 2022, Andrius Jamaico Pantaleao, um empresário de 38 anos, morreu ao cair sobre a cobertura de uma casa na mesma região.

A comunidade de Boituva lamenta a perda de Carito e aguarda respostas sobre as circunstâncias que levaram a essa trágica fatalidade. O Brasil possui uma das maiores comunidades de paraquedismo do mundo, mas este incidente levanta questões importantes sobre a segurança e a manutenção dos equipamentos utilizados. A CBPq (Confederação Brasileira de Paraquedismo) foi contatada para um posicionamento, mas ainda não se manifestou até a publicação desta matéria.