Saúde

Prefeitura de Mandaguari fecha clínica em operação policial após denúncias chocantes

2024-11-05

Autor: Julia

Em uma ação conjunta impactante, a Prefeitura de Mandaguari, juntamente com a Vigilância Sanitária, o Conselho Tutelar, a Polícia Militar (PM-PR) e o Ministério Público (MP-PR), fechou as portas de uma comunidade terapêutica local na última quarta-feira (3/10). A operação foi desencadeada após graves denúncias anônimas sobre maus-tratos e cárcere privado, recebidas na semana anterior.

A inspeção revelou uma série de irregularidades alarmantes. Denúncias de acolhimento forçado foram confirmadas, além da denúncia da presença de um menor de idade entre os internos, que somavam 40 pessoas, bem abaixo da capacidade máxima de 42. Outras irregularidades incluíram a falta de informações precisas nas fichas individuais dos internos sobre a medicação administrada e a ausência de um responsável técnico, além do funcionamento sem o devido cadastro e controle de qualidade da água, em flagrante desrespeito às normas de saúde.

Durante a operação, nove internos expressaram o desejo de deixar o local. O chefe da Vigilância Sanitária declarou: “Os que quiseram sair foram escoltados pela PM e pela Vigilância até a rodoviária, onde foram disponibilizadas passagens para suas cidades de origem.” A situação é alarmante e levanta questões sobre a segurança e o bem-estar das pessoas em comunidades terapêuticas.

O menor de idade foi assegurado pelo Conselho Tutelar, que tomou medidas imediatas ao acionar os responsáveis. Além disso, a Vigilância Sanitária está elaborando um relatório detalhado que será encaminhado à Promotoria de Justiça, responsável por analisar e adotar as medidas cabíveis.

O fechamento da clínica lança luz sobre um problema social muitas vezes ignorado. Especialistas alertam que a falta de regulamentação e fiscalização em comunidades terapêuticas pode levar a casos de abuso e exploração. Já está na hora de discutir alternativas mais seguras e humanizadas para o tratamento das dependências químicas no Brasil. Algumas entidades da área estão se unindo para promover um debate sobre a importância de uma legislação mais rigorosa que assegure tratamentos dignos e adequados para os pacientes.

Fique atento, pois novas informações podem surgir nos próximos dias sobre os próximos passos legais que seguirão após esta chocante operação.