Saúde

Tragédia em Amambai: Criança Falecida Após Série de Medicamentos em Unidades de Saúde

2025-01-16

Autor: Lucas

Introdução

A família de Emanuel Tobias Marques, uma criança que não teve a idade divulgada, clama por respostas após a morte do garoto, que ocorreu na manhã de terça-feira (14) após uma sequência alarmante de atendimentos em três diferentes unidades de saúde em Amambai, localizada a 351 quilômetros de Campo Grande.

Investigação Policial

Um boletim de ocorrência, registrado como "morte a esclarecer", foi encaminhado para investigação da Polícia Civil, já que os familiares exigem um novo laudo médico que esclareça as razões do falecimento do menino.

Atendimentos Médicos

De acordo com o registro policial, na manhã do dia 13 de outubro, o pai levou Emanuel à Unidade Básica de Saúde, onde uma médica diagnosticou a criança com uma virose e receitou bromoprida, dipirona sódica e provance mini.

No mesmo dia, à tarde, buscando alívio para o estado do filho, o pai foi a um outro atendimento no Posto Central da cidade, desta vez com uma pediatra, que sugeriu o uso de amoxicilina, dipirona em gotas e floax, acreditando que a criança poderia estar com uma inflamação na garganta.

Administração de Medicamentos

Após seguir as orientações médicas, incluindo o uso de medicamentos recomendados por ambas as unidades, apenas a dipirona não foi ministrada inicialmente, já que o menino costumava tomar paracetamol quando apresentava febre.

Emergência no Hospital Regional

Na madrugada do dia 14, às 4h20, frustado com a persistência da febre que alcançava 38°C, o pai decidiu procurar novamente auxílio no Hospital Regional de Amambai.

Lá, a equipe médica realizou compressas frias na criança que informara sobre náuseas e episódios de vômito. O médico questionou se a criança já havia ingerido dipirona e, ao saber que nunca havia tomado, optou por administrar o paracetamol às 5h15 e, em seguida, a dipirona intramuscular às 5h44.

Desfecho Trágico

Por volta das 6h20, após a administração do medicamento, a febre de Emanuel diminuiu para 37,6°C e ele recebeu alta. Contudo, apenas duas horas após a saída do hospital, o estado da criança se agravou, com sinais de cianose e hipotermia.

Ele retornou à unidade médica às 9h, onde sua temperatura corporal era alarmantemente baixa, registrando 34°C.

Dentre os procedimentos realizados, estavam o uso de manta térmica para aquecimento, mas, tragicamente, 35 minutos após a reentrada no hospital, Emanuel sofreu uma parada cardiorrespiratória. Apesar da tentativa de reanimação com adrenalina e intubação, às 10h, os médicos confirmaram o óbito da criança.

Reivindicações da Família

Familiares manifestaram no registro policial o desejo de um novo laudo médico, incluindo exames anátomo-patológicos, sanguíneos e de DNA, e solicitaram que estes fossem realizados em um laboratório diferente do que prestou os primeiros serviços.

Consequências e Reflexões

A morte de Emanuel levanta questões sérias sobre a qualidade do atendimento médico em Amambai e um pedido de justiça por parte da família. O caso agora está sob a investigação da Polícia Civil, que busca esclarecer os eventos trágicos que culminaram na morte da criança.