Na última sexta-feira (1º), a Polícia Civil prendeu Alekssander Ricardo Trancredi, torcedor do Palmeiras e membro ativo da torcida organizada Mancha Alviverde. Ele é suspeito de envolvimento em uma emboscada brutal contra torcedores do Cruzeiro que ocorreu em São Paulo no domingo, dia 27.

Investigadores apontam Alekssander como um dos responsáveis pela violência, embora inicialmente ele não estivesse entre os seis torcedores identificados pela polícia. Sua prisão ocorreu na Freguesia do Ó, Zona Norte de São Paulo, e ele foi levado à Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade).

Além de Trancredi, outro torcedor da Mancha também teve sua prisão temporária decretada durante uma ação de busca na sede da torcida. Até o momento, oito palmeirenses foram identificados como suspeitos de participação na emboscada que resultou na morte de um cruzeirense membro da Máfia Azul e ferimentos em mais de 17 outros torcedores em Mairiporã, Grande São Paulo.

As investigações se intensificaram após os agentes da polícia e promotores do Ministério Público realizarem uma operação para prender os outros palmeirenses envolvidos. A emboscada foi marcada por violência extrema, incluindo a utilização de miguelitos, objetos que furam pneus, e barricadas para parar os ônibus do Cruzeiro.

No local da sede da Mancha Alviverde, as autoridades encontraram objetos suspeitos, como barras de ferro e mochilas com manchas de sangue, indicando a gravidade das ações. A investigação se concentra na conexão entre esses eventos e um ataque anterior que a Mancha sofrera em Minas Gerais em 2022, aumentando o clima de vingança entre as torcidas.

O torcedor cruzeirense morto, José Victor Miranda, de 30 anos, sofreu queimaduras durante o ataque, e a polícia ainda aguarda laudos periciais para confirmar as circunstâncias de sua morte. Enquanto isso, 12 barras de ferro, cinco rojões e até mesmo bolas de sinuca foram apreendidas como evidências da brutalidade do confronto.

Diante da escalada da violência, a Federação Paulista de Futebol anunciou que seguirá recomendações do Ministério Público para proibir a presença de torcedores da Mancha Alviverde em jogos nos estádios de São Paulo. O Palmeiras e o Cruzeiro também se manifestaram repudiando os atos de violência e clamando por punições severas aos responsáveis.

O clima entre os torcedores é tenso e muitos se perguntam: quais serão os próximos passos das autoridades para coibir essa onda de violência nas arquibancadas? A resposta a essa pergunta será crucial para o futuro das torcidas organizadas e para a segurança nos estádios.