Esportes

Tio de Paquetá em silêncio na CPI das Apostas; Kajuru promete quebra de sigilo

2024-10-30

Autor: Gabriel

Durante a CPI das Apostas, o tio do jogador Paquetá, Bruno Tolentino, permaneceu em silêncio diante das perguntas dos senadores, Romário e Jorge Kajuru, que conduzem a investigação. Bruno continuamente repetiu: "Por orientação dos meus advogados, ficarei em silêncio".

A paciência de Kajuru se esgotou, levando-o a afirmar que solicitara a quebra dos sigilos bancário e telemático de Tolentino imediatamente.

Bruno foi convocado para prestar esclarecimentos após a publicação de uma matéria do UOL, que revelou pagamentos realizados por ele e seu filho Yan ao atacante Luiz Henrique, que jogava no Bétis e atualmente atua pelo Botafogo, totalizando R$ 40 mil.

Embora inicialmente tenha se calado, Tolentino confirmou que o dinheiro enviado a Luiz Henrique foi a quitação de um empréstimo. Ele também admitiu que faz apostas com frequência, mas negou categoricamente receber informações privilegiadas de Paquetá que pudessem influenciar suas apostas.

Kajuru, em sua fala, revelou que teve uma conversa particular com Bruno, onde o tio de Paquetá teria afirmado que as notícias sobre o jogador eram "tudo mentira". No entanto, na CPI, Bruno se negou a reforçar essa afirmação. "Como um pai, é compreensível que o senhor opte pelo silêncio em todas as perguntas, mas na conversa particular disse que é tudo mentira sobre o Paquetá?", questionou Kajuru.

Ao final dos trabalhos, o presidente da CPI enviou um recado contundente sobre supostas manobras para evitar que certos jogadores fossem convocados. Ele declarou: "Meu telefone está aqui. Se alguém ligar novamente pedindo para não convocar determinado jogador, eu vou gravar e enviar para a imprensa". Essa declaração acendeu ainda mais um alerta sobre as práticas de lobby no meio esportivo, onde benefícios e interesses pessoais podem estar interferindo na transparência das investigações.

Esta situação levanta a questão sobre a integridade nas apostas esportivas e como relacionamentos pessoais ou familiares podem influenciar resultados e decisões. Afinal, até onde vai a linha entre o amor familiar e o jogo limpo no futebol? A sociedade aguarda respostas.