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Itaú Reafirma sua Dominância: Ação ITUB4 Dispara 3% Após Resultados Impressionantes

2024-11-05

Autor: Carolina

Nesta terça-feira (5), o Itaú Unibanco (ITUB4) voltou a conquistar o coração dos investidores ao registrar uma alta de 3% em suas ações, que encerraram o dia cotadas a R$ 36,34. Os analistas de mercado ficaram impressionados com o desempenho do banco, que apresentou lucros robustos no terceiro trimestre de 2024 (3T24).

O Itaú anunciou um lucro líquido de R$ 10,7 bilhões, superando as estimativas da XP em 4%. O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) atingiu impressionantes 22,7%, um número que poderia ser ainda maior se não fosse o excesso de capital, com o índice de Basileia se posicionando em 17,2% no final do trimestre. As projeções de crescimento da carteira de crédito foram revisadas de 6,5%-9,5% para 9,5%-12,5%, evidenciando um otimismo sem precedentes.

Os analistas da XP destacam que a aceleração no crescimento da carteira de crédito foi um fator chave para esses resultados. A carteira total de crédito do Itaú chegou a R$ 1,278 trilhão, apresentando um crescimento de 1,9% comparado ao trimestre anterior e 9,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Em particular, os empréstimos para micro, pequenas e médias empresas cresceram 12,3% em comparação ao ano anterior, evidenciando um forte desempenho neste segmento.

Embora o segmento de pessoas físicas tenha registrado um crescimento de 5,1%, o desempenho foi ofuscado pelo crescimento mais acentuado entre as pessoas jurídicas e as PMEs. No entanto, empréstimos para veículos e pessoais também exibiram crescimento significativo, demonstrando um mercado dinâmico.

A Genial Investimentos corroborou as avaliações positivas, destacando que o ROE do Itaú representa provavelmente a maior rentabilidade entre os bancos tradicionais no trimestre. O capital principal do banco alcançou 13,7%, bem superior a seus concorrentes, refletindo um crescimento orgânico sólido.

A redução do índice de inadimplência acima de 90 dias para 2,6% é mais um marco positivo, sendo a diminuição em relação ao ano anterior (3,0%) e ao trimestre anterior (2,7%). Com um custo de crédito de R$ 8,25 bilhões, houve uma queda de 11% em relação ao ano passado e de 6,4% em relação ao segundo trimestre. Essa redução é atribuída, em grande parte, à diminuição das provisões para créditos de liquidação duvidosa em todos os segmentos.

Entretanto, o impacto positivo de R$ 500 milhões devido a um cliente específico do setor de grandes empresas foi mencionado, com relações diretas à Americanas (AMER3). O banco está tomando cuidado em ajustar suas provisões, refletindo uma estratégia conservadora e bem calculada.

Nesse contexto, o CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho, ressaltou em teleconferência que a expectativa de dividendos extraordinários para 2024 se mantém. O sentimento positivo se estende a diversas instituições financeiras, como o Bradesco BBI, que observou tendências sólidas e previu um crescimento robusto nos próximos trimestres.

Analistas reiteraram suas recomendações de compra, com a XP fixando um preço-alvo de R$ 42 por ação. O JPMorgan e o BBI seguem com avaliações bullish (otimistas), recomendando exposições acima da média, enquanto a Genial também mantém um preço-alvo de R$ 40,60.

Com o Itaú continuando a demonstrar resiliência e um alinhamento virtuoso entre crescimento e rentabilidade, as expectativas são de que o banco mantenha sua liderança no setor financeiro brasileiro.