The Guardian desiste do X: Rede social é chamada de tóxica!
2024-11-13
Autor: Pedro
O renomado jornal britânico The Guardian anunciou nesta quarta-feira (13) uma decisão impactante: não publicará mais notícias em sua conta oficial na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter. Em um editorial contundente, o veículo informou que considera a plataforma "tóxica" e criticou o bilionário Elon Musk por usar sua influência para moldar o discurso político.
Em comunicado, o The Guardian declarou: "Acreditamos que os benefícios de estar no X agora são superados pelos aspectos negativos e que nossos recursos poderiam ser mais bem utilizados promovendo nosso jornalismo em outros lugares."
A redação do jornal afirmava que essa decisão foi avaliada há "algum tempo", sendo impulsionada por conteúdos perturbadores encontrados na plataforma, como racismo e teorias da conspiração de extrema-direita. A intensa campanha eleitoral presidencial nos Estados Unidos apenas reforçou a ideia de que o X é um espaço problemático para a informação.
Além disso, a publicação destacou que, apesar da saída das contas oficiais do jornal, os usuários da rede social ainda poderão compartilhar suas reportagens. Os jornalistas do Guardian continuarão a usar a plataforma para coletar informações relevantes, garantindo que eventos importantes e publicações de autoridades sejam reportados. Em alguns casos, conteúdos do X poderão ser anexados às matérias, como já acontece com outros veículos de comunicação.
Segundo o Guardian, que conta com mais de 80 contas na plataforma e cerca de 27 milhões de seguidores, as redes sociais têm um papel relevante na divulgação de notícias e como ferramenta de alcance a novos públicos. Porém, no atual momento, o X acaba desempenhando um papel reduzido essa promoção.
O editorial destaca também que Elon Musk, descrito como um "autodeclarado absolutista da liberdade de expressão", restabeleceu contas banidas, incluindo influenciadores controversos, desde que adquiriu a plataforma em 2022. Essa atitude reforça a crítica de que, sob sua gestão, o espaço tornou-se um terreno fértil para a disseminação de discursos prejudiciais.
O que isso significa para o futuro do jornalismo nas redes sociais? Será que outras instituições seguirão o exemplo do Guardian? A discussão sobre a ética e a responsabilidade nas plataformas digitais nunca foi tão urgente. Fique atento, pois essa decisão pode ser um divisor de águas para a forma como consumimos e compartilhamos informação na era digital!