Ryan Wesley Routh, um homem acusado de uma tentativa de atentado contra o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, escreveu em uma carta que tinha o objetivo de matar Trump. Esta revelação bombástica foi feita nesta segunda-feira (23) pelo Departamento de Justiça dos EUA, que pediu a manutenção da prisão do suspeito enquanto o caso avança.

A prisão de Routh ocorreu no último dia 15 de setembro, próximo ao campo de golfe de Trump em West Palm Beach, na Flórida, onde Donald Trump estava presente. Durante a abordagem, o suspeito estava armado com um fuzil AK-47 e uma câmera GoPro, e trocou tiros com agentes do Serviço Secreto, que estavam protegendo o ex-presidente.

Segundo as autoridades, a carta escrita por Routh foi descoberta em uma caixa na casa de uma pessoa próxima a ele, que se apresentou às autoridades após a prisão, trazendo à tona detalhes alarmantes sobre o plano do suspeito. Na missiva, Routh expressou seu desejo de completar a missão e pediu que a pessoa ajudasse, oferecendo cerca de R$ 832.000 a quem conseguisse finalizá-la.

“Esta foi uma tentativa de assassinato de Donald Trump, mas eu falhei. Eu tentei o meu melhor e dei toda a coragem que pude reunir. Agora cabe a você terminar o trabalho; e eu oferecerei US$ 150.000 a quem puder concluir o trabalho”, descreveu a carta, segundo o Departamento de Justiça.

Além disso, a investigação encontrou uma lista manuscrita com datas e locais onde Trump estaria presentes no último mês, o que levanta questões sobre a segurança do ex-presidente.

O xerife do condado de Palm Beach, Ric Bradshaw, relatou que um agente do Serviço Secreto observou o cano de um fuzil escondido em um arbusto enquanto Trump jogava golfe a cerca de 400 metros de distância. Os agentes, ao confrontarem Routh, dispararam pelo menos quatro vezes antes que ele abandonasse suas armas e fugisse em um carro preto, sendo depois identificado por testemunhas.

O incidente levantou preocupações sobre as falhas de segurança em torno de Trump, especialmente em um período em que os ex-presidentes possuem proteção contínua, com protocolos rigorosos a serem seguidos, tanto por parte do Serviço Secreto quanto do FBI. Críticas surgiram, questionando se as medidas de segurança eram adequadas e eficazes para proteger figuras de alto perfil, como Trump, que continua a ser uma figura controversa no cenário político americano.

Esse caso destaca o nível de ameaça que figuras públicas, especialmente ex-presidentes, enfrentam e levanta a necessidade de um debate mais amplo sobre segurança e proteção em tempos de crescente polarização política.