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Suécia intensifica segurança no Mar Báltico com envio de navios de guerra e novos tanques

2025-01-13

Autor: Matheus

A Suécia tomou a decisão estratégica de enviar três navios de guerra para o Mar Báltico, uma ação que integra os esforços da Otan para reforçar a presença naval na região. O principal objetivo deste movimento é prevenir possíveis atos de sabotagem que possam ameaçar a infraestrutura subaquática. O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, enfatizou que, apesar do país não estar oficialmente em guerra, a situação atual é repleta de incertezas, principalmente devido à ameaça crescente de ataques híbridos que pairam na área.

Desde que se tornou membro da Otan em março do ano passado, a Suécia vem fortalecendo suas medidas de segurança. Além dos navios de guerra, o país também planeja enviar uma aeronave de vigilância e contar com quatro embarcações da guarda costeira para monitorar a atividade no Báltico. Essa movimentação ocorre em um contexto alarmante, já que desde 2013, mais de dez cabos submarinos que conectam os países nórdicos e bálticos à Europa Central foram danificados, levantando suspeitas sobre atos intencionais de sabotagem.

"A verdadeira paz requer liberdade e a ausência de conflitos sérios entre países. Nós e nossos vizinhos estamos vulneráveis a ataques híbridos, que não são realizados apenas com soldados, mas sim com tecnologia, desinformação e ações subversivas", destacou Kristersson durante uma coletiva de imprensa, segundo a agência de notícias sueca TT.

No final do ano passado, dois incidentes significativos chamaram a atenção das autoridades, envolvendo navios acusados de arrastar suas âncoras no Báltico. Um deles foi um investigação iniciada pela polícia sueca que se concentrou no rompimento de um cabo que liga a Finlândia e a Estônia e que teve como protagonista um navio registrado nas Ilhas Cook, o Eagle S, que estava transportando petróleo russo. Outros países, como Alemanha e Lituânia, também relataram prejuízos decorrentes desses incidentes.

Além do investimento militar no Mar Báltico, a Suécia também está expandindo suas capacidades terrestres. Recentemente, no dia 9, o ministro da Defesa, Pal Jonson, anunciou a aquisição de 44 tanques Leopard 2, fabricados na Alemanha, para modernizar as forças do Exército sueco. Este é o maior investimento militar do país neste século, totalizando 1,9 bilhão de euros (aproximadamente R$ 12 bilhões, com base na cotação média atual).

Com essas medidas drásticas, a Suécia espera não apenas proteger sua soberania, mas também garantir a segurança de toda a região báltica em tempos de tensões geopolíticas crescentes. O que mais virá a seguir nessa corrida armamentista? Fique atento!