Esportes

STJD Absolveu John Textor, do Botafogo, em Controvérsia sobre Manipulação de Resultados

2024-11-07

Autor: Fernanda

John Textor, proprietário da SAF Botafogo, foi absolvido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em um julgamento realizado na última quinta-feira. Ele enfrentava acusações relacionadas a alegações de manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro e pela omissão de provas que, segundo ele, poderiam incriminar árbitros em escândalos de corrupção.

Durante o processo, o promotor Paulo Emílio argumentou que Textor deveria ser responsabilizado por não apresentar os áudios que diz ter, mencionando juízes que alegavam não ter recebido propinas. Contudo, a defesa de Textor, liderada pelo advogado Michel Assef, contestou essa acusação, afirmando que o empresário não era o titular das provas e não poderia ser forçado a apresentá-las, além de ressaltar que a exigência era ilegal.

Após a apresentação dos argumentos pela defesa, o relator Luiz Felipe Bulus votou pela absolvição, o que foi acompanhado por outros cinco votos a favor, resultando em uma decisão final de 6 a 2.

Vale ressaltar que, embora Textor tenha sido absolvido dessa acusação específica, ele ainda enfrentará um julgamento futuro referente às suas declarações sobre manipulação de resultados, o que poderá resultar em punições severas, incluindo até 810 dias de suspensão e multas que podem chegar a R$ 500 mil, de acordo com o artigo 243-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

Além disso, o STJD adiou um julgamento adicional que estava previsto para setembro, na qual Textor tinha respondido a 35 perguntas relacionadas a essa controvérsia. Essa ação foi solicitada pela Procuradoria, que queria mais tempo para analisar as respostas.

A polêmica cerca as alegações de que árbitros estariam se envolvendo em esquemas de corrupção no futebol brasileiro, aumentando a pressão sobre as autoridades do esporte para que investiguem a fundo estas questões. O Botafogo, sob a direção de Textor, continuará suas ambições na competição, enquanto a situação jurídica do dono do clube se desenrola.

A defesa de Textor manteve firme sua posição de que não houve dolo ou má-fé por parte do empresário, levantando questões sobre a legitimidade das exigências feitas pelo tribunal e colocando em evidência a conexão entre a ética esportiva e a justiça esportiva no Brasil.