Nação

A Subserviência de Bolsonaro Diante de Trump: O Que Isso Representa para o Brasil?

2024-11-13

Autor: Julia

A recente vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA provocou uma transformação notável em Jair Bolsonaro. O presidente brasileiro, que até então demonstrava vulnerabilidade e desespero diante das investigações criminais que o ameaçam com uma possível prisão, rapidamente assumiu uma postura altiva e confiante, como se tudo estivesse em ordem. Seu primeiro ato foi um convite a si mesmo para a posse de Trump, acreditando que o Supremo Tribunal Federal (STF) não teria a "ousadia" de rejeitar seu pedido de passaporte para viajar. Ele comentou: "Quem irá contrariar o homem mais poderoso do mundo?"

Bolsonaro parece ter uma visão distorcida do Brasil, tratando o país como uma extensão de sua própria subserviência a figuras de poder internacionais. Essa atitude remete a uma famosa cena do filme "Casablanca", onde um personagem insignificante pergunta a Humphrey Bogart se ele é desprezado, recebendo a resposta direta de que, se ele pensasse nele, provavelmente o menosprezaria. Podemos comparar isso ao momento em que Bolsonaro confidenciou seu amor por Trump, recebendo como resposta um mero "Prazer em te ver".

Essa subserviência não apenas enfraquece a imagem do Brasil no cenário internacional, mas também representa uma ameaça à soberania nacional. Um exemplo recente ocorreu em 2022, quando Bolsonaro convocou embaixadores estrangeiros para denunciar supostas fraudes nas eleições brasileiras, numa tentativa de desmoralizar o sistema democrático do país aos olhos de intervenções externas.

Contrariando a narrativa de poder, a verdadeira questão é que essa busca por respaldo em Trump não garantirá a reeleição de Bolsonaro, nem o livrará das investigações da Polícia Federal, que se aprofundam em casos de desvio de joias da Presidência e tentativas de um golpe de Estado. A realidade é que as consequências de seus atos podem levá-lo diretamente às grades.

A história nos mostra que outros ex-presidentes brasileiros também enfrentaram a justiça. Em 2017, um deles compareceu a todos os interrogatórios, foi condenado e não hesitou em aceitar a prisão quando chegou a sua vez. Ao contrário de Bolsonaro, que se esconde atrás de figuras poderosas, esse ex-presidente enfrentou o destino como um homem, sem tentar fugir ou se esquivar. O futuro de Bolsonaro pode ser mais sombrio do que ele imagina. Afinal, é preciso encarar a realidade e construir um Brasil forte, onde a soberania não fique subjugada a interesses pessoais.