Introdução

Durante o G20 Social, realizado recentemente, foi lançado o revolucionário projeto "Sprints 2030", considerado o maior esforço colaborativo da história para erradicar a fome e a pobreza extrema. O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um apelo poderoso: "Enquanto houver famílias sem comida, crianças pedindo nas ruas e jovens sem esperança de um futuro melhor, não haverá paz. O mundo produz comida suficiente para todos e políticas públicas eficazes podem acabar com a fome e restaurar a dignidade das pessoas."

Participação e Financiamento

A iniciativa conta com a participação de 41 países, 13 organizações internacionais, 19 instituições filantrópicas e diversas ONGs. Um dos maiores destaques é um financiamento robusto de US$ 25 bilhões (aproximadamente R$ 150 bilhões) do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que se diz orgulhoso em se unir a este movimento.

Ações Previstas até 2030

O Sprints 2030 prevê ações concretas até 2030, incluindo:

- Transferências de dinheiro e proteção social para 500 milhões de pessoas em países de baixa e média renda.

- Expansão de refeições escolares para mais 150 milhões de crianças, assegurando nutrição de qualidade.

- Apoio à saúde materna e infantil, beneficiando 200 milhões de mulheres e crianças.

- Inclusão socioeconômica, ajudando 100 milhões a sair da pobreza.

- Fortalecimento da agricultura familiar e apoio a pequenos agricultores.

- Acesso à água potável, com soluções de irrigação e cisternas para comunidades vulneráveis.

Desafios e Previsões

Entretanto, a Aliança Global alerta que a pobreza extrema ainda está diminuindo a passos lentos. Projeções indicam que 622 milhões de pessoas viverão abaixo do limiar de pobreza extrema de US$ 2,15 ao dia em 2030, frente ao objetivo de erradicação total.

A meta de "fome zero" também é desafiadora: se as tendências atuais persistirem, cerca de 582 milhões de pessoas ainda passarão fome em 2030, número semelhante ao de 2015, quando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foram lançados.

Colaboração Global

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, ressaltou que a iniciativa é aberta a todos os países do mundo, incentivando uma colaboração global no desenvolvimento sustentável.

Nosipho Nausca-Jean Jezile, representante da África do Sul na FAO e presidente do Comitê de Segurança Alimentar, reforçou a necessidade de um pacto global na luta contra a fome: "Precisamos garantir que a discussão sobre a fome seja uma prioridade em todo o mundo."

Próximos Passos e Expectativas

Com a África do Sul assumindo a presidência do G20 a seguir, promete-se que os esforços em combater a fome e a pobreza continuarão em um ritmo acelerado. Prepare-se para acompanhar essa transformação colossal que promete mudar vidas ao redor do planeta!