Clientes se aglomeram em frente às lojas da Sephora — Foto: Nathália Duarte/g1

A Sephora, famosa rede de cosméticos e perfumes de luxo do Grupo LVMH, está enfrentando uma maré de problemas. No dia 14 de novembro, o Procon-SP notificou a empresa após receber milhares de reclamações referentes à Black Friday nos últimos meses.

A principal queixa dos consumidores gira em torno da não entrega de produtos comprados durante a Black Friday do ano passado. Somente no Procon, mais de 1.400 reclamações foram registradas em 2024, refletindo a insatisfação generalizada dos clientes.

Em uma declaração ao g1, a Sephora reconheceu a notificação e se comprometeu a responder a todos os questionamentos no prazo estipulado pelas autoridades. A empresa pediu desculpas pelo transtorno, mencionando que a satisfação e a experiência do cliente são prioridades.

No Reclame Aqui, plataforma brasileira de reclamações, a Sephora já acumula impressionantes 9 mil queixas relacionadas à Black Friday de 2024, representando um aumento de 88% em relação à média de reclamações da empresa nos últimos seis meses. Este cenário condena a Sephora ao topo da lista das empresas mais reclamadas no período, o que acende um sinal vermelho para sua reputação.

O Procon-SP também ressaltou que, enquanto algumas reclamações ainda estão dentro do prazo para manifestação, outras já passaram do limite sem resolução. A notificação do Procon é um indicativo de uma ação fiscalizatória em andamento, que poderá culminar em sanções financeiras, como multas.

Entre os questionamentos enviados ao Procon, destacam-se: - Datas específicas em que as promoções de Black Friday foram realizadas; - Número de produtos entregues fora do prazo e explicações sobre as demoras; - Quantidade de pedidos cancelados e como foram realizadas as devoluções dos valores; - Medidas adotadas para lidar com as reclamações dos consumidores desde a data da promoção.

A Sephora tem um prazo de sete dias para fornecer as informações solicitadas pelo Procon-SP.

Perspectivas financeiras são alarmantes! Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), espera-se que a Black Friday de 2024 movimente R$ 5,22 bilhões no Brasil, um valor que novamente coloca os holofotes sobre a atuação das empresas nesse período crítico.

As redes sociais também estão repletas de críticas ao desempenho da Sephora, com consumidores expressando sua frustração e insatisfação. O que será que a Sephora vai fazer para recuperar a confiança do público? Fique de olho nessa história em desenvolvimento!