Uma das elevatórias de água tratada da Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu, operada pela Cedae, está passando por reparos desde a noite de segunda-feira. O serviço, com previsão de término para as 10h desta terça-feira, resultou em uma drástica redução na produção da estação, que está operando apenas com 13% da sua capacidade total. Isso impactou diretamente o abastecimento em várias áreas do estado, com pelo menos 18 bairros da cidade do Rio enfrentando falta de água.

Na Zona Oeste do Rio, a Rio+Saneamento destacou que o abastecimento está interrompido nos seguintes bairros: Bangu, Barra de Guaratiba, Campo dos Afonsos, Campo Grande, Cosmos, Guaratiba, Ilha de Guaratiba, Inhoaíba, Jardim Sulacap, Jabour, Magalhães Bastos, Paciência, Pedra de Guaratiba, Santa Cruz, Santíssimo, Senador Camará, Senador Vasconcelos, Sepetiba, parte de Realengo, Padre Miguel e Vila Kennedy.

Especialistas alertam que, além da manutenção, o estado enfrenta desafios como inundação e deslizamentos, exacerbados pelas mudanças climáticas. A previsão é que o abastecimento seja regularizado gradativamente em até 72 horas, principalmente nas áreas de maior altitude e nas extremidades da rede.

A concessionária Águas do Rio também informou que o abastecimento de água tratada na região metropolitana do Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense sofrerá impactos negativos com a manutenção. Os municípios mais afetados incluem Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, São João de Meriti e Queimados.

Em um comunicado, a Águas do Rio alertou que, após a conclusão dos trabalhos, o retorno do abastecimento ocorrerá de forma gradual, podendo demorar até 72 horas. Os consumidores são aconselhados a armazenar água em cisternas e caixas d'água para atender suas necessidades até a normalização do serviço. Para quaisquer dúvidas, a empresa disponibiliza um canal de atendimento gratuito, incluindo mensagens via WhatsApp pelo número 0800 195 0 195.

A situação crítica de abastecimento de água no Rio de Janeiro tornou-se um assunto premente, gerando preocupação em face do calor intenso que a cidade vem enfrentando. As medidas de economia e consumo consciente de água são recomendadas, especialmente para atividades que não são urgentes. O cenário atual coloca em evidência a necessidade de ações mais eficazes para garantir a segurança hídrica da população carioca.