Revolução no Combate à Obesidade: Primeiro Medicamento Pode Chegar ao SUS Este Ano!
2025-01-15
Autor: Matheus
Uma notícia promissora para quem luta contra a balança: o Sistema Único de Saúde (SUS) pode receber, em breve, o primeiro tratamento medicamentoso para a obesidade. O Ministério da Saúde está avaliando a inclusão da semaglutida, uma substância que atua como análogo do GLP-1, um regulador fisiológico do apetite e da ingestão calórica. Esta substância age diretamente no cérebro, especificamente no tronco cerebral e no hipotálamo, que controla o sistema endócrino e nervoso.
Um estudo científico duplo cego, realizado ao longo de 12 semanas, revelou que pacientes que receberam o medicamento uma vez por semana conseguiram perder em média 5 quilos, um resultado que merece atenção, especialmente em um país com altas taxas de obesidade. A semaglutida é bastante familiar aos brasileiros sob os nomes comerciais de Ozempic (aplicação subcutânea) e Rybelsus (oral). Originalmente aprovada pela Anvisa em 2018 para o tratamento do diabetes tipo 2, rapidamente se observou que a perda de peso se tornava um efeito colateral atrativo, levando muitas pessoas a utilizá-la fora das orientações médicas. Em 2023, a Anvisa também autorizou seu uso específico para o tratamento da obesidade.
Recentemente, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) recebeu uma solicitação para a avaliação da semaglutida. Além da eficácia e segurança do medicamento, a análise também inclui impactos econômicos, considerando que uma caixa de Ozempic, contendo seis agulhas, pode custar quase R$ 1.000, um valor que está fora da realidade da maioria dos brasileiros. Embora o tratamento provoque uma rápida perda de peso, incluindo perda de massa muscular que pode resultar em flacidez, é fundamental que a administração do medicamento seja supervisionada por um médico.
Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, já demonstrou interesse em disponibilizar o medicamento na rede pública a partir de 2026, quando a patente do medicamento expirar e laboratórios nacionais poderão produzir versões genéricas da semaglutida. O Ministério da Saúde estabeleceu um prazo de 90 a 180 dias para concluir sua análise, o que pode sinalizar uma mudança significativa no tratamento da obesidade no Brasil.
Essa iniciativa não apenas representa uma esperança para milhões de brasileiros que enfrentam o desafio da obesidade, mas também destaca a necessidade urgente de um sistema de saúde público que atenda eficientemente às demandas da população. A inclusão da semaglutida pode ser um passo crucial para melhorar a qualidade de vida de muitos e reduzir os custos associados a doenças relacionadas à obesidade.