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Revolução da IA: Os Empregos da Criação e Indústria em Risco!

2025-01-21

Autor: Maria

A ascensão da Inteligência Artificial (IA) está desafiando diversas profissões, especialmente em setores como a criação de conteúdo e a indústria. Embora os criadores de conteúdo ainda não tenham sido completamente substituídos, o impacto da IA já é notável. A automatização de tarefas repetitivas está afetando significativamente o mercado de trabalho, conforme aponta o professor Daniel Hernandez, diretor de inovações da Associação Brasileira de Tecnologia. Ele observa que "uma enorme quantidade de trabalhos curriculares, especialmente na área industrial, está sendo automatizada".

Porém, essa automação não vem sem um lado positivo. Novas oportunidades de emprego estão surgindo, especialmente em áreas como ciências de dados, desenvolvimento e engenharia de software. "Esses setores estão em franca expansão e devem prosperar", afirma Hernandez.

Além de gerar novos cargos, a IA também está revolucionando a forma como o trabalho é executado, trazendo economia e eficiência. "É muito mais barato e simples usar a voz de um ator e replicá-la em várias línguas. Não é idêntico, mas é uma alternativa muito mais acessível. Muitas empresas estão adotando esse modelo", sublinha o especialista Cavallini.

Entretanto, o impacto não é homogêneo para todos os profissionais. Por exemplo, o mercado de fotografia enfrenta desafios sem precedentes. "Embora os fotógrafos não tenham sido totalmente substituídos, grande parte das imagens que vemos online hoje em posts ou artigos já são geradas via IA. A qualidade desses materiais ainda deixa a desejar se comparada ao trabalho de um profissional, mas o custo e a velocidade de produção são desafiadores", explica Hernandez.

Para não ser deixado para trás, os trabalhadores precisam se adaptar. "Mais do que focar em carreiras específicas, é crucial desenvolver habilidades que se mantenham relevantes no futuro. Preparação é fundamental para enfrentar as mudanças que a IA traz", recomenda Cavallini. Professores, por exemplo, podem não ser substituídos, mas precisarão se familiarizar com ferramentas baseadas em IA para manter sua relevância no campo educacional.

Além disso, vale mencionar que algumas instituições científicas estão evitando reconhecer a IA como co-autora em estudos. A razão é clara: "A IA compila informações, mas não cria originalidade. O que isso significa para a autoria? Bem pouco", afirma Hernandez, ressaltando o risco de erros provenientes de dados não verificados.

O futuro pode parecer incerto. "A médio e longo prazo, todas as profissões correm riscos. Não há nenhuma que esteja a salvo. A chave é se adaptar e focar no desenvolvimento de habilidades valiosas", alerta Cavallini. Com a IA à frente, os profissionais de todos os setores devem se preparar para uma transformação profunda em suas carreiras.