Em uma declaração impactante, o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, afirmou que Donald Trump, o presidente eleito dos Estados Unidos, é sincero em sua intenção de buscar um acordo de paz para acabar com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Após uma conversa telefônica com Trump, Stubb ressaltou a importância desse diálogo, mostrando otimismo em relação a possíveis negociações nos próximos meses.

'Nós, na Europa e no restante do mundo, precisamos entender que Donald Trump está muito sério em conseguir um acordo de paz o quanto antes', afirmou Stubb. A expectativa gira em torno do período entre a eleição e a posse de Trump, marcada para 20 de janeiro. A vitória de Trump nas eleições de 5 de novembro não apenas surpreendeu muitos, mas também levantou questões sobre o futuro do comprometimento dos Estados Unidos em apoiar a Ucrânia.

Durante a cúpula climática COP29 em Baku, no Azerbaijão, Stubb delineou quatro pré-condições essenciais para a paz na Ucrânia. Primeiro, a questão territorial, que ainda é incerta. Em seguida, ele destacou a necessidade de garantias de segurança, justiça e, finalmente, a imprescindível reconstrução do país.

Stubb também se encontrou com o presidente da China, Xi Jinping, em uma visita a Pequim, onde discutiram a questão da guerra da Rússia. A China busca estreitar laços com o Kremlin, o que pode influenciar o cenário geopolítico da região.

Vale lembrar que a Finlândia, devido à agressão russa, se apressou em integrar-se à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no ano passado. Com mais de 1.300 quilômetros de fronteira com a Rússia, a Finlândia faz parte de uma defesa estratégica crucial para a segurança da Europa.

Histórias de conflitos passados com Moscou tornam a posição da Finlândia ainda mais significativa, pois o país e a OTAN têm oferecido apoio militar a Kyiv, incluindo fornecimentos de defesa aérea e munições pesadas.

Trump, durante sua campanha, foi crítico em relação à ajuda ocidental à Ucrânia, prometendo acabar com a guerra rapidamente, embora o método exato permaneça obscuro. A vitória eleitoral de Trump gerou preocupações em Kyiv e entre capitais europeias sobre o comprometimento dos EUA em ajudar a Ucrânia, especialmente após relatos do Washington Post que indicam diálogos entre Trump e Putin, onde, segundo fontes, Trump teria aconselhado o líder russo a não intensificar a guerra.

À medida que a tensão na região continua, o mundo observa atentamente o desenrolar dos acontecimentos e a possível mudança de curso na política externa dos EUA sob a liderança de Trump.