Apreensão de Celulares e Tensão na Morte do Empresário Gritzbach
2024-11-09
Autor: Matheus
A Polícia Civil, através da Deatur, realizou a apreensão de celulares pertencentes a policiais militares que faziam a escolta do empresário Vinícius Gritzbach. Ele estava sendo protegido por duas viaturas, uma GM Trailblazer e uma Volkswagen Amarok, mas a Amarok apresentou problemas mecânicos e foi abandonada em um posto de combustível.
Os policiais chegaram ao terminal 2 em uma Trailblazer, acompanhados por Vinícius, seu filho de 11 anos, e um amigo identificado como José Luiz Vilela Bittencourt, 23. Os celulares dos três também foram confiscados como parte da investigação.
Vinícius tinha retornado de uma viagem do Nordeste acompanhado por uma namorada e um motorista, Danilo Lima Silva, 35. Curiosamente, a jovem deixou o aeroporto na companhia de um dos policiais militares e não prestou depoimento. Seu nome permanece em sigilo.
O trágico desfecho ocorreu quando Vinícius foi assassinado com múltiplos tiros de fuzil, atingindo sua cabeça e abdômen. Além dele, três pessoas foram feridas: Samara Lima de Oliveira, 28, Willian Sousa Santos, 39, e Celso Araújo Sampaio de Morais, 41. Samara foi liberada após atendimento médico, enquanto Celso precisou ficar na UTI e Willian foi colocado em observação devido a lesões na mão e ombro.
A investigação revelou que o ataque foi conduzido por dois homens encapuzados, que, após os disparos, fugiram em um Gol preto. Esse veículo, registrado em nome de um proprietário de São Bernardo do Campo, foi abandonado nas proximidades do aeroporto, onde munições e um colete à prova de balas foram encontrados, aumentando a gravidade do caso.
O assassinato de Vinícius está ligado a uma guerra interna no Primeiro Comando da Capital (PCC), que se intensificou após ele ter feito uma delação premiada contra membros da facção e policiais civis envolvidos em corrupção. Ele e um agente penitenciário, David Moreira da Silva, foram acusados pela morte de dois integrantes da facção criminosa, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue.
Os crimes, que ocorreram em dezembro de 2021, foram motivados por um desvio de R$ 40 milhões que Vinícius recebeu de Cara Preta para investir em criptomoedas, mas que não foi aplicado conforme acordado.
Com um histórico de conflitos com o PCC e uma vida marcada por tramas de corrupção e crime, Vinícius foi finalmente solto da Penitenciária 1 de Presidente Venceslau em junho de 2023, após preocupações de sua defesa em relação à sua segurança. Sua morte agora ecoa como um alerta sobre as violências associadas ao crime organizado e as complexas relações entre empresas, segurança pública e facções criminosas.