Regina Duarte, a atriz e ex-integrante do governo Jair Bolsonaro, pediu à Justiça o fim do processo que a condenou por usar indevidamente a imagem da icônica atriz Leila Diniz, uma defensora dos direitos femininos durante a ditadura militar. O caso gira em torno da publicação de uma imagem que insinuava erroneamente apoio de Diniz ao regime militar.

De acordo com informações do jornalista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, Regina já pagou R$ 56,4 mil e se retratou publicamente, mas os herdeiros de Leila reivindicam um valor total de R$ 122 mil. Esta retratação aconteceu em julho de 2024. Na nova petição, a defesa de Duarte solicitou ao juiz que encerre o caso, e Regina ainda acusou Janaína Diniz Guerra, filha de Leila, de tentar "humilhá-la e tirar vantagem" da situação.

Em um vídeo no seu canal do YouTube, o analista político André Jacobina comentou sobre o caso, ressaltando a necessidade de respeito à memória de Leila Diniz. Ele declarou: "Regina Duarte usou uma imagem de Leila Diniz, que protestava contra a ditadura e a censura, em um discurso que defendia o regime militar. Por essa violência simbólica, ela foi condenada".

Jacobina também destacou a importância de não se permitir a propagação de mentiras acerca daqueles que lutaram contra a ditadura militar. "A ditadura é uma ferida ainda aberta no Brasil, e precisamos preservar a memória de quem resistiu a esse regime opressor", completou.

Este caso é mais um exemplo das batalhas contemporâneas para preservar a verdade histórica e honrar a luta de heróis esquecidos. O impacto desse tipo de condenação reverbera nas discussões sobre liberdade de expressão e o uso responsável do passado na atualidade.