Juliana Leite Rangel, de apenas 26 anos, foi baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em uma trágica abordagem em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na véspera de Natal. Para a alegria da família e amigos, Juliana tem mostrado uma melhora significativa. Apesar da gravidade do ferimento, ela segue consciente e se comunica com seus entes queridos através de gestos labiais. As informações foram reportadas pela TV Globo.

Atualmente internada no CTI do Hospital Adão Pereira Nunes, Juliana recebeu uma visita emocionante de seus familiares nesta sexta-feira, dia 3 de dezembro. Os médicos confirmaram que, por sorte, o tiro não atingiu o cérebro da jovem, o que foi crucial para uma recuperação mais alentadora. Recentemente, foi relatado que Juliana sente os membros, respira sem a necessidade de aparelhos e expressou sua alegria ao dizer que não sente dor. Sua irmã, Jéssica Rangel, contou à TV Globo que Juliana afirmou "eu te amo" durante a visita, um momento que ela descreveu como "muita emoção", sentindo que seu coração estava mais leve.

O caso de Juliana repercutiu amplamente, levando o Ministério Público Federal (MPF) a abrir uma investigação contra os policiais da PRF envolvidos, acusados de tentativa de homicídio. A PRF, por sua vez, declarou o afastamento dos agentes responsáveis pela ação que resultou na tragédia.

"Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Saber que minha filha nasceu de novo é uma bênção. Acreditamos que este é um renascimento para a nossa Juliana, nossa Juju", disse a mãe emocionada, revelando a fé que sua família mantém na recuperação dela.

Além de expressar seu amor pela família, Juliana também manifestou o desejo de retornar para casa em breve, embora os médicos ainda não tenham conseguido prever uma data para sua alta. Ela continua internada em estado grave no CTI, recebendo os cuidados necessários para uma recuperação completa.

Vale lembrar que Juliana foi baleada em um incidente que poderia ter sido evitado. No dia 24 de dezembro, ela e seus quatro familiares, incluindo seu pai que dirigia o veículo, estavam a caminho de uma confraternização de Natal em Niterói quando foram atacados pelos agentes da PRF na BR-040, também conhecida como Rodovia Washington Luiz. No incidente, seu pai também foi ferido no dedo.

A cirurgia de Juliana foi realizada sem complicações, e os médicos estão otimistas com sua recuperação. A história de Juliana é um lembrete doloroso e provocativo sobre as consequências da violência, ecoando uma chamada à reflexão sobre a atuação das forças de segurança no Brasil.