Nação

Quem é o 'TromPetista' que tocou marcha fúnebre para Bolsonaro?

2025-03-27

Autor: João

Na última quinta-feira (27), após se tornar réu por uma tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi surpreendido em Brasília por Fabiano e Silva Leitão Duarte, conhecido como o 'TromPetista'. Ele tocou uma famosa marcha fúnebre de Frédéric François Chopin, emocionando e provocando reações na cena política do país.

Duarte, uma figura emblemática das manifestações a favor do Partido dos Trabalhadores, também tocou uma canção icônica da campanha presidencial de 2022, cuja letra clamava: 'Tá na hora do Jair já ir embora. Arruma suas malas, dá no pé e vá-se embora'. Essa performance fez muito barulho e chamou a atenção das redes sociais.

Nascido em 1979 em Brasília, Duarte é estudante de relações internacionais e um defensor fervoroso de Lula. Sua amizade com o atual presidente se fortaleceu durante o período em que Lula esteve preso em Curitiba, quando ele costumava fazer serenatas em apoio ao ex-presidente.

Vale ressaltar que o TromPetista já teve outras performances memoráveis. Em 2018, durante a transição de Jair Bolsonaro, ele tocou "Lula Lá" na frente do Centro Cultural do Banco do Brasil. Além disso, no STF, tocou "Bella Ciao" na entrada de Bolsonaro, mostrando seu ativismo e coragem em momentos críticos. Em 2021, foi até preso por tentar protestar durante um desfile militar com a presença do ex-presidente.

Duarte, além de músico, participou das últimas eleições como candidato a deputado distrital pelo PT, recebendo 4.460 votos e garantindo sua posição como suplente na Câmara.

Após tocar a marcha fúnebre para Bolsonaro, Duarte comentou: "Ele riu porque está com medo do que vai acontecer. A música que escolhi simboliza o fim de uma era política. É a marcha fúnebre da trajetória de Bolsonaro."

Ele destacou ainda que estava ali para celebrar a decisão do STF, enfatizando que a justiça no Brasil ainda é possível: "Quem planeja um golpe de Estado deve ser responsabilizado. Isso é também uma homenagem aos nossos mortos na ditadura."

A ousadia de Duarte em tocar as músicas durante o discurso de Bolsonaro lhe rendeu algumas abordagens policiais, mas ele defendeu seu direito de se manifestar: "Azar do Bolsonaro que eu tenho um trompete. Este país é livre!" A repercussão desse ato continua a ecoar nas redes sociais, com muitos apoiadores elogiando a coragem e a criatividade do 'TromPetista'.