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Príncipe Herdeiro Saudita Chama de 'Genocídio' os Ataques de Israel Contra os Palestinos

2024-11-12

Autor: Gabriel

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, não poupou palavras ao classificar os ataques de Israel contra o povo palestino como um "genocídio". Esta grave afirmação foi feita durante um encontro de líderes de países muçulmanos e árabes em Riad, realizado no dia 11 de outubro de 2024.

As tensões entre a Arábia Saudita e Israel têm uma longa história, mas havia um movimento em direção à normalização das relações diplomáticas entre os dois países. Este processo, contudo, foi abruptamente interrompido em outubro de 2023, após a invasão do território israelense pelo Hamas, que desencadeou uma guerra e uma intensa crise humanitária na Faixa de Gaza.

Em setembro, bin Salman já havia sinalizado que a Arábia Saudita não reconheceria Israel sem a criação de um Estado palestino, uma posição que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu não aceita. Agora, ele reiterou a condenação às ações israelenses em Gaza, fazendo um apelo à comunidade internacional para que intervenha e impeça novos ataques, não só contra a Palestina, mas também contra o Irã.

"O Reino renova sua condenação e rejeição categórica do genocídio cometido por Israel contra o povo palestino irmão", declarou Mohammed bin Salman. Essa retórica se alinha à postura que os líderes árabes têm adotado após os recentes acontecimentos, que incluem um aumento nas cargas de ataques aéreos israelenses e no número de palestinos mortos, que já soma dezenas de milhares nos últimos 13 meses.

Além disso, a crise humanitária na Faixa de Gaza se agravou drasticamente, com milhões de deslocados e um iminente colapso alimentar. Diversas organizações internacionais têm levantado a voz contra o que consideram crimes de guerra e genocídio, levando a questões sobre responsabilização no Tribunal Mundial, algo que o governo israelense categoricamente nega.

As negociações de normalização entre a Arábia Saudita e Israel estavam sendo mediadas pelos Estados Unidos, com promessas de segurança e outros acordos bilaterais. No entanto, após os eventos recentes, esse processo parece cada vez mais distante.

O governo saudita também enfrenta escrutínio internacional, especialmente Mohammed bin Salman, que é acusado de crimes contra a humanidade, incluindo a repressão a ativistas de direitos humanos. O assassinato do jornalista Jamal Khashoggi em 2018 ainda pesa sobre sua imagem no cenário global.

Os desdobramentos dessa situação permanecem fáceis de acompanhar, uma vez que as tensões na região continuam a crescer.