Preços Explosivos e Despejos: O Caos do Mercado Imobiliário em Belém a Poucos Meses da COP30!
2025-01-24
Autor: Julia
A iminente COP30 e seus efeitos no mercado imobiliário
À medida que a COP30 se aproxima, a situação do mercado imobiliário em Belém se torna cada vez mais caótica. Com a iminente conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, programada para ocorrer de 10 a 21 de novembro, a cidade enfrenta uma grave falta de regulação e organização, resultando em preços exorbitantes, contratos inusitados e uma onda alarmante de despejos.
Expectativa de visitantes e escassez de leitos
A expectativa é enorme: cerca de 40 mil visitantes são esperados para o evento, que será o primeiro realizado na Amazônia. No entanto, atualmente Belém conta com apenas 18 mil leitos disponíveis, e tanto o governo federal quanto o do Pará estão lutando para criar mais opções de hospedagem. Navegadores de cruzeiro estão sendo ancorados no porto de Outeiro para oferecer acomodações de luxo e escolas estão sendo adaptadas para aumentar a capacidade.
Falta de controle e aumento dos preços de aluguel
Mas a falta de um controle claro transformou a busca por aluguéis em um 'vale tudo'. A secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, destacou que o governo está ciente da situação precária e que medidas similares às adotadas na Rio+20 e na Copa do Mundo de 2014 poderão ser implementadas para proteger os consumidores.
Expectativa de lucros e preços abusivos
Entretanto, os proprietários de imóveis estão com grandes expectativas de lucros durante a COP30, aumentando drasticamente os preços de aluguéis. Um apartamento com cinco camas foi listado por incríveis R$ 2,3 milhões para apenas 17 dias, enquanto outro custa R$ 2 milhões para duas semanas de ocupação. As informações são alarmantes, e o Creci do Pará já declarou que muitos desses preços são irreais e abusivos, prejudicando o mercado como um todo.
Taxas extorsivas em hotéis
Por outro lado, uma rede de hotéis está cobrando até US$ 2.000 (equivalente a R$ 11.840) por diária em Ananindeua, o que pode resultar em um custo total de US$ 25.200 (cerca de R$ 149.184) para a estadia completa. O resultado disso é um represamento intencional de imóveis, com proprietários explorando essa oportunidade para maximizar lucros.
Demanda intensa por imóveis
Além disso, setores como tecnologia e ONGs estão à caça de imóveis para acomodar funcionários e executivos, pois a demanda por alojamento é intensa. A realidade é que muitos contratos de aluguel agora incluem períodos de despejo antes e durante a conferência, levantando questões éticas e sociais sobre os direitos dos inquilinos.
Preocupações do Creci e futuro do mercado imobiliário
A presidente do Creci no Pará, Luísa Carneiro, expressou preocupação com a falta de comunicação entre o governo e o conselho, e enfatizou a necessidade de ações que estabilizem o mercado. 'Temos que garantir que os valores cobrados sejam justos e que não afastemos turistas e participantes com preços abusivos', alertou.
Desafios para a cidade até a COP30
Com menos de dez meses restantes até a conferência, ainda não há clareza sobre como as propriedades serão geridas e disponibilizadas. A secretária Miriam Belchior observou que a situação é comum em grandes eventos internacionais, mas não especificou como o governo pretende lidar com a crise de hospedagem.
Conclusão
O que se espera, agora, é que a realidade do mercado imobiliário de Belém se ajuste às necessidades deste importante evento, evitando que os moradores e visitantes sejam prejudicados em mais um momento decisivo para a preservação da Amazônia. A pressão está alta e o tempo está se esgotando: a COP30 pode ser uma oportunidade, mas também um desafio sem precedentes para a cidade e seus habitantes. A luta por um preço justo e acessível já começou!